Como o ator traz a emo\u00e7\u00e3o para uma cena rodeada por aparatos t\u00e9cnicos, c\u00e2meras e ilumina\u00e7\u00e3o de cinema? O cineasta sueco Ingmar<\/p>\n
Bergman, autor de algumas das obras mais valiosas do cinema, ficou conhecido pela forma como dirigia os atores em seus filmes. Como conseguia aproximar a c\u00e2mera do ator e arrancar seus sentimentos, fazendo com que sua lente captasse todo o drama da cena. In\u00e1cio Araujo, cr\u00edtico da Folha, escreveu em um artigo<\/b><\/a>: \u201cTalvez Bergman tenha sido mesmo \u2018o cineasta do instante\u2019, como definiu Godard em 1958: era o pensamento que ocorria mesmo que longinquamente a um determinado rosto que sua c\u00e2mera levava ao espectador. N\u00e3o penetrava na psique dos personagens. Penetrava na alma, de certa forma, mas sabia que s\u00f3 poderia faz\u00ea-lo por meio de seus corpos\u201d.<\/p>\n