Filmworks<\/span><\/strong><\/a>, da Academia Internacional de Cinema (AIC), no ano passado, o aluno Thalles Cabral resolveu por a m\u00e3o na massa para fazer, paralelamente ao curso, a sua primeira produ\u00e7\u00e3o audiovisual independente: a webs\u00e9rie “C\u00e1psula”. Al\u00e9m de atuar como protagonista, ele tamb\u00e9m assina roteiro e dire\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Para realizar a empreitada, o estudante de 18 anos reuniu colegas do meio audiovisual e buscou parcerias com empresas como a Escola de Atores Wolf Maia, que cedeu alunos e ex-alunos para o elenco de apoio, e a pr\u00f3pria AIC, que fez o empr\u00e9stimo de equipamentos.<\/p>\n
Leia abaixo a entrevista que fizemos com Thalles Cabral, onde ele fala de sua rela\u00e7\u00e3o com o audiovisual, \u00a0o processo de produ\u00e7\u00e3o, das parcerias de produ\u00e7\u00e3o e o curso Filmworks da AIC. Ao final do post, veja o link para assistir aos epis\u00f3dios da primeira temporada de “C\u00e1psula”, bem como ao making of da webs\u00e9rie.<\/strong><\/p>\n <\/p>\n
AIC<\/span> –\u00a0Como surgiu a ideia da webs\u00e9rie C\u00e1psula? \n<\/strong> Thalles Cabral<\/strong><\/span> – \u00a0No final de 2011, eu e Larissa Ribeiro, amiga e atriz, decidimos que ir\u00edamos criar uma webs\u00e9rie. Come\u00e7amos a fazer reuni\u00f5es, brainstorms<\/em>\u00a0e, a cada encontro, \u00edamos definindo algo sobre o projeto. O g\u00eanero fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica\/suspense foi escolhido justamente por ser algo que nos agrada como espectadores. “C\u00e1psula” aborda o universo da ind\u00fastria farmac\u00eautica e coloca em d\u00favida a veracidade de sua atua\u00e7\u00e3o no mercado. Este sempre foi um assunto que me interessou: “O que prova que j\u00e1 n\u00e3o existe a cura para o c\u00e2ncer e\/ou outras doen\u00e7as?”, “E se as ind\u00fastrias farmac\u00eauticas ocultassem informa\u00e7\u00e3o?”. Foi atrav\u00e9s dessas perguntas que nasceu o tema principal da webs\u00e9rie. No in\u00edcio de 2012 j\u00e1 t\u00ednhamos o argumento e o roteiro pronto do epis\u00f3dio piloto que eu havia escrito (que inclusive estava enorme). Ent\u00e3o, n\u00f3s entramos em contato com produtoras para ver se tinham interesse em produzir a webs\u00e9rie, por\u00e9m depois de um tempo decidimos, por uma quest\u00e3o de liberdade criativa, produzir de forma independente. O roteiro sofreu mudan\u00e7as e passou por diversos filtros, foi ent\u00e3o que o epis\u00f3dio piloto deu origem aos 6 epis\u00f3dios da temporada.<\/p>\n AIC\u00a0<\/strong><\/span>– E em vez de fazer um longa ou um curta, optou-se por produzir uma s\u00e9rie de internet, de fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica\/suspense. Por qu\u00ea? \n<\/strong>Thalles Cabral<\/strong><\/span>\u00a0–\u00a0Fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica e suspense s\u00e3o g\u00eaneros que sempre me chamaram aten\u00e7\u00e3o. E o que mais me interessa \u00e9 que ambos s\u00e3o pouco explorados no Brasil, e n\u00e3o por falta de p\u00fablico! \u00c9 absurda a quantidade de brasileiros que acompanham s\u00e9ries americanas que tratam desses g\u00eaneros, a internet est\u00e1 cheia de sites<\/em> e f\u00f3runs com milhares desses f\u00e3s e telespectadores. Acredito que o Brasil deva apenas buscar a sua forma e identidade de produzir esses g\u00eaneros. N\u00e3o \u00e9 falta de p\u00fablico, e sim de produto.<\/p>\nAIC<\/span> – Quais foram as tuas refer\u00eancias pra produzir este projeto neste formato? \n<\/strong> Thalles Cabral<\/span> –\u00a0<\/strong>Uma das s\u00e9ries que mais me marcou foi “Lost”, de J.J Abrams. A s\u00e9rie fez um enorme sucesso no mundo inteiro, justamente pela sua inova\u00e7\u00e3o em contar uma hist\u00f3ria de suspense. Cada epis\u00f3dio terminava de uma forma extremamente surpreendente, f\u00f3rmula que deu muito certo. Tenho certeza que “Lost” vai virar, se \u00e9 que j\u00e1 n\u00e3o virou, uma refer\u00eancia nesse g\u00eanero. Gosto da atmosfera que foi criada, o enredo, a mitologia, a forma que cada personagem \u00e9 retratado e, principalmente, a montagem. A s\u00e9rie tinha uma hist\u00f3ria pra contar, e foi isso que motivou o espectador a assisti-la, ele era fisgado por perguntas e mais perguntas. Quando respondia uma, outras centenas surgiam, e acho que foi a\u00ed que os roteiristas acertaram. Al\u00e9m de lan\u00e7arem perguntas o tempo todo, eles as respondiam. E quando n\u00e3o o faziam, deixavam para que o espectador imaginasse e criasse sua pr\u00f3pria resposta, sua pr\u00f3pria verdade. Foi isso que me inspirou e que tentei aplicar de forma singela em propor\u00e7\u00f5es menores, \u00e9 claro, em “C\u00e1psula”.<\/p>\n AIC<\/span> – Al\u00e9m de idealizar, dirigir e roteirizar voc\u00ea tamb\u00e9m atua como protagonista. H\u00e1 mais interesse seu por estar na frente ou por tr\u00e1s das c\u00e2meras? \n<\/strong>Thalles Cabral<\/span> –\u00a0<\/strong>Atuar sempre foi minha primeira op\u00e7\u00e3o e o que eu busco no cinema \u00e9 tentar aproveitar e aplicar esse conhecimento. Acredito que isso seja muito vantajoso no processo para me tornar um diretor, pois este precisa entender o modo de pensar do ator, como ele se comporta, seus m\u00e9todos e seus pontos fracos na hora de dirigi-lo. Creio que por ser ator h\u00e1 mais tempo eu sinto um conforto maior, mas dirigir \u00e9 algo muito prazeroso.<\/p>\n AIC<\/span> – Quanto tempo leva pra produzir cada epis\u00f3dio, contando todo o processo de roteiro, ensaio, produ\u00e7\u00e3o, grava\u00e7\u00e3o, edi\u00e7\u00e3o? \n<\/strong>Thalles Cabral<\/span> –\u00a0<\/strong>N\u00f3s iniciamos a pr\u00e9-produ\u00e7\u00e3o da 1\u00aa temporada no final de outubro, realizamos reuni\u00f5es, ensaios e leituras com os atores. Fizemos o que acabamos por chamar de “Maratona-C\u00e1psula” e filmamos todos os epis\u00f3dios em apenas uma semana. A cada quinta-feira um epis\u00f3dio in\u00e9dito era lan\u00e7ado, a edi\u00e7\u00e3o de cada um durava, em m\u00e9dia, entre dois e tr\u00eas dias. Foi um ritmo realmente intenso e cansativo.<\/p>\nAIC<\/span> – Numa s\u00e9rie de suspense e fic\u00e7\u00e3o cient\u00edfica \u00e9 preciso segurar o interesse do expectador. Qual o\u00a0segredo pra produzir um tipo de hist\u00f3ria onde se precisa prender a aten\u00e7\u00e3o? \n<\/strong> Thalles Cabral<\/strong><\/span> – \u00c9 a jun\u00e7\u00e3o de tudo: roteiro, edi\u00e7\u00e3o, sonoriza\u00e7\u00e3o. Todos esses elementos s\u00e3o necess\u00e1rios para montar um bom suspense e prender a aten\u00e7\u00e3o do espectador. O roteiro j\u00e1 tinha sido escrito com esse prop\u00f3sito, desde os di\u00e1logos, a forma como cada personagem era introduzido, at\u00e9 \u00e0 forma como cada resposta era entregue. A trilha sonora foi fundamental para criar uma atmosfera e os ritmos necess\u00e1rios que cada cena exigia. A edi\u00e7\u00e3o \u00e9 o fator principal para unir tudo isso.\u00a0Na quest\u00e3o de enquadramento e planos, seguimos uma t\u00e9cnica que nos propusemos a seguir desde o in\u00edcio. Mas o roteiro foi muito mais no feeling<\/em>. Acredito que por assistir a muitos filmes e s\u00e9ries de suspense, isso tenha se tornado algo inconsciente, foi tudo muito natural.<\/p>\nAIC<\/strong><\/span> \u00a0– E o gosto para trabalhar com audiovisual, \u00e9 algo que voc\u00ea sempre teve? \nThalles Cabral<\/span><\/strong> – Sou ator desde pequeno, comecei a fazer teatro com 7 anos de idade. Sempre tive interesse por essa \u00e1rea art\u00edstica. Quando eu era mais jovem eu criava meus pr\u00f3prios curtas-metragem, chamava uns amigos e dirigia, atuava e editava. Sempre gostei disso.\u00a0E como ator j\u00e1 participei em curtas e institucionais, por isso quando terminei o ensino m\u00e9dio eu j\u00e1 tinha certeza que queria estudar cinema. Fiz um semestre em uma faculdade de cinema, mas por discordar do m\u00e9todo e forma como o mesmo era aplicado, decidi trancar. Foi a\u00ed que encontrei a AIC. \u00a0 O curso foi de extrema import\u00e2ncia para mim e creio que veio numa \u00e9poca certa. O fato do Filmworks ser de teor pr\u00e1tico, quase que absoluto, foi o que mais me motivou. As aulas pr\u00e1ticas s\u00e3o totalmente necess\u00e1rias, principalmente para n\u00f3s que escolhemos trabalhar com o cinema. N\u00e3o que o te\u00f3rico deva ser descartado ou seja de menos import\u00e2ncia, mas n\u00e3o acredito em uma faculdade que tenha cursos audiovisuais, no qual o pr\u00e1tico s\u00f3 apare\u00e7a para os alunos no \u00faltimo ano de curso. Praticar \u00e9 importante. N\u00e3o adianta saber de toda a hist\u00f3ria do cinema, nomes de todos os diretores de A a Z, vestir camisetas com estampas de filmes cl\u00e1ssicos, se n\u00e3o souber colocar na tela aquilo que voc\u00ea quer. Cinema \u00e9 criar. E acho que o curso faz isso bem, consegue dosar entre o te\u00f3rico e pr\u00e1tico, nos incita atrav\u00e9s de projetos e exerc\u00edcios e, al\u00e9m disso tudo, nos conecta com profissionais atuantes no mercado, o que \u00e9 excelente.<\/p>\nAIC<\/strong><\/span> – Ali\u00e1s, a\u00a0AIC acabou tendo um grande envolvimento no projeto da webs\u00e9rie, n\u00e9? \n<\/strong>Thalles Cabral<\/strong><\/span>\u00a0–\u00a0Sim. Tem a Marie Cabianca (assist. de dire\u00e7\u00e3o, som direto e produ\u00e7\u00e3o) com quem estudei junto no Filmworks. Foi atrav\u00e9s do curso que conheci tamb\u00e9m o Sandro Giordano, colega de turma, e que mais tarde se envolveu no projeto como produtor executivo, o que resultou na parceria com a produtora Inluzzio. E uma pessoa que foi de extrema import\u00e2ncia para a realiza\u00e7\u00e3o do projeto foi a Alessandra Haro<\/span><\/strong>, coordenadora de produ\u00e7\u00e3o do Filmworks (foto), grande profissional e que foi muito atenciosa, nos ajudou bastante.\u00a0A AIC entrou como parceira do projeto no quesito empr\u00e9stimo de equipamentos, a webs\u00e9rie foi filmada com uma Canon 5D, o que resultou num salto de qualidade (essa diferen\u00e7a pode ser, inclusive, notada do epis\u00f3dio piloto para os demais). Al\u00e9m deles, gostaria de citar aqui\u00a0\u00a0outras pessoas da nossa equipe – formada por, e somente por, amigos que estudam cinema – mas que n\u00e3o s\u00e3o da AIC: Miguel Labastida (dire\u00e7\u00e3o de fotografia) e Ana Beatriz Castro (dire\u00e7\u00e3o de arte, som direto e produ\u00e7\u00e3o).<\/p>\nAIC\u00a0–<\/strong>\u00a0Em dois meses, os epis\u00f3dios da primeira temporada tiveram quase 4100 visualiza\u00e7\u00f5es. Contando com o piloto, trailer e making of, chega a mais de 11.600 views. Como voc\u00ea avalia o resultado e o futuro da empreitada? \n<\/strong> Thalles Cabral<\/strong><\/span>\u00a0– Muitas pessoas que assistiram ao epis\u00f3dio piloto n\u00e3o sabem que a s\u00e9rie continuou e ganhou uma temporada completa. O nosso objetivo agora com a temporada finalizada \u00e9 fortalecer ainda mais a divulga\u00e7\u00e3o. Por outro lado, durante a temporada n\u00f3s conseguimos f\u00e3s que acompanhavam cada epis\u00f3dio, comentavam, divulgavam, e ainda teorizavam sobre o futuro dos personagens, e isso sim \u00e9 muito gratificante. “C\u00e1psula” foi um enorme aprendizado, e acho que \u00e9 uma experi\u00eancia muito necess\u00e1ria para qualquer estudante de cinema, pois em um set de filmagem tudo pode acontecer, imprevistos acontecem, e \u00e9 preciso saber lidar com isso, al\u00e9m de saber se comportar com todos os integrantes da equipe. Quanto a uma segunda temporada, quem sabe?!<\/p>\n<\/div>\n
Assista aqui <\/span>aos epis\u00f3dios da primeira temporada <\/strong>e ao making of <\/strong>das grava\u00e7\u00f5es de “C\u00e1psula”.<\/strong><\/p>\n \n<\/strong><\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
O ator Thalles Cabral, que estreou no \u00faltimo dia 24 na nova novela da Globo – \u201cAmor \u00e0 Vida\u201d como o adolescente rebelde Jonathan, cursou o Curso Filmworks em 2012 e tamb\u00e9m mostrou seu talento como diretor. Thalles produziu a webs\u00e9rie \u201cC\u00e1psula\u201d, que bombou na internet. Leia entrevista com de Thalles para a AIC e …<\/p>\n
Entrevista com aluno Thalles Cabral, criador da webs\u00e9rie “C\u00e1psula”<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":23,"featured_media":15506,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"","ast-site-content-layout":"","site-content-style":"default","site-sidebar-style":"default","ast-global-header-display":"","ast-banner-title-visibility":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","astra-migrate-meta-layouts":"","ast-page-background-enabled":"default","ast-page-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-4)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"ast-content-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"footnotes":""},"categories":[308],"tags":[],"acf":[],"yoast_head":"\nEntrevista com aluno Thalles Cabral, criador da webs\u00e9rie "C\u00e1psula" - Academia Internacional de Cinema (AIC)<\/title>\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n