{"id":28500,"date":"2023-03-09T21:53:06","date_gmt":"2023-03-10T00:53:06","guid":{"rendered":"https:\/\/loja.aicinema.com.br\/?p=28500"},"modified":"2023-06-12T21:56:52","modified_gmt":"2023-06-13T00:56:52","slug":"moara-passoni-fala-sobre-seu-filme-extase-e-a-parceria-com-a-diretora-petra-costa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/moara-passoni-fala-sobre-seu-filme-extase-e-a-parceria-com-a-diretora-petra-costa\/","title":{"rendered":"Moara Passoni fala sobre seu filme \u201c\u00caxtase\u201d e a parceria com a diretora Petra Costa"},"content":{"rendered":"
Nesta quarta-feira (08), dia internacional da mulher<\/a>, a Semana de Orienta\u00e7\u00e3o da Academia Internacional de Cinema<\/a> (AIC) recebeu a diretora, roteirista e produtora Moara Passoni<\/a>. A data n\u00e3o passou despercebida e foi lembrada pela diretora, que iniciou sua fala citando um artigo publicado pela produtora Maria Farinha Filmes na Revista Tela Viva, no qual foram apontadas desigualdades hist\u00f3ricas de representa\u00e7\u00e3o das mulheres no audiovisual brasileiro. Entre elas, o fato dos filmes lan\u00e7ados no Brasil entre 2017 e 2019 terem tido apenas 25% de diretoras e somente 19% de roteiristas mulheres.<\/p>\n Moara chamou aten\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m para a relev\u00e2ncia da exibi\u00e7\u00e3o de seu filme \u201c\u00caxtase\u201d (2020) na data. Para a diretora, o longa – que foi exibido no come\u00e7o da noite aos alunos – dialoga com a viv\u00eancia das mulheres em uma sociedade patriarcal e o impacto dessas viv\u00eancias nestes corpos. \u201cMuita gente considera a anorexia a histeria contempor\u00e2nea, eu acho que a anorexia fala sobre onde o poder toca os nossos corpos.\u201d, afirmou.<\/p>\n A hist\u00f3ria, baseada na experi\u00eancia de Moara com o transtorno alimentar, retrata a vida de Clara, uma jovem com anorexia. Uma doen\u00e7a cuja causa raramente \u00e9 uma s\u00f3, mas sim composta por uma teia de fatores pessoais e sociais. O que, segundo a diretora, foi uma das raz\u00f5es pelas quais ela optou por n\u00e3o fazer um filme em uma narrativa linear, que pudesse beirar ao moralismo. \u201cPara sair da anorexia eu tive que entender que n\u00e3o estava procurando a dor, mas a cura para uma dor ainda maior, o que tinha a ver com quest\u00f5es pessoais minhas, mas tamb\u00e9m com uma s\u00e9rie de elementos coletivos.\u201d, conta.<\/p>\n O filme marca um ponto alto da carreira da diretora, que desde muito nova quis trilhar o caminho do cinema. Embora tenha feito faculdade de Ci\u00eancias Sociais, seguiu uma trajet\u00f3ria de dedica\u00e7\u00e3o e estudos na \u00e1rea, que considera terem sido fundamentais para sua forma\u00e7\u00e3o est\u00e9tica e parcerias de trabalho.\u00a0 A diretora \u00e9 mestre em teoria do document\u00e1rio pela Unicamp, roteiro<\/a> e dire\u00e7\u00e3o pela Universidade de Columbia, e estudou Filosofia-Est\u00e9tica na Paris 8, Comunica\u00e7\u00e3o e artes do corpo na PUC-SP e roteiro e document\u00e1rio na EICTV-Cuba. \u201cAs institui\u00e7\u00f5es pelas quais eu passei foram fundamentais, tanto pelo o que elas me ensinaram, quanto pelas conex\u00f5es que fiz\u201d, afirma.<\/p>\nExibi\u00e7\u00e3o de \u00caxtase<\/h2>\n
Parceria com Petra Costa<\/h2>\n