{"id":2837,"date":"2012-06-13T08:00:03","date_gmt":"2012-06-13T08:00:03","guid":{"rendered":"http:\/\/aicinema.com.br\/?p=2837"},"modified":"2017-09-12T12:09:22","modified_gmt":"2017-09-12T15:09:22","slug":"a-nova-lei-da-tv-paga","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/a-nova-lei-da-tv-paga\/","title":{"rendered":"A Nova Lei da TV Paga"},"content":{"rendered":"
A produtora Laura Fazoli,\u00a0coordenadora do curso de Produ\u00e7\u00e3o Executiva<\/a> da AIC, est\u00e1 \u201cantenada\u201d nas novidades da Lei da TV Paga<\/a>, que parecem aquecer ainda mais o mercado audiovisual. Confira entrevista exclusiva<\/strong> com a Laura sobre o a nova Lei n. 12. 485.<\/p>\n Quais s\u00e3o as principais mudan\u00e7as com a nova lei da TV Paga?<\/strong><\/p>\n L.F.:<\/strong> Com a nova lei, qualquer pacote de TV a cabo tem que ter 1\/3 de canais nacionais. Al\u00e9m disso, todos os canais tem que cumprir a cota de produ\u00e7\u00e3o nacional independente. Isso gera mais conte\u00fado, maior concorr\u00eancia e maior fomento no setor. A lei entra em vigor a partir de 1\u00ba de setembro de 2012, depois de quatro anos de tr\u00e2mite no Congresso Nacional. Desde setembro de 2011 passa por ajustes, principalmente no quesito fiscaliza\u00e7\u00e3o. Empresas internacionais como a Turner (Time Warner) ou a Discovery, por exemplo, que antes tinham conte\u00fados iguais para o mundo inteiro, agora ter\u00e3o que se adaptar a uma programa\u00e7\u00e3o brasileira. O bom disso \u00e9 que na maioria das vezes as programa\u00e7\u00f5es s\u00e3o transmitidas por \u00e1rea e o Brasil entra como Am\u00e9rica Latina, ent\u00e3o, o conte\u00fado nacional ser\u00e1 na maioria dos casos transmitidos para toda a Am\u00e9rica Latina. Al\u00e9m disso, haver\u00e1 muito mais conte\u00fado nacional em todos os canais e canais como Canal Brasil, por exemplo, antes presos a pacotes mais caros, dever\u00e3o entrar nos pacotes b\u00e1sicos das operadoras.<\/p>\n Uma das exig\u00eancias privilegiam a produ\u00e7\u00e3o nacional, exigindo ao menos tr\u00eas horas e meia de atra\u00e7\u00e3o semanal brasileira no hor\u00e1rio nobre da programa\u00e7\u00e3o, certo? Como as produtoras podem se beneficiar dessa novidade?<\/strong><\/p>\n L.F.:<\/strong> A princ\u00edpio as distribuidoras v\u00e3o se beneficiar mais do que as produtoras, pois, todos est\u00e3o correndo contra o tempo para suprir as cotas, por\u00e9m, a maioria dos grandes canais est\u00e1 se mobilizando com coprodu\u00e7\u00f5es, que devem \u201cdar as caras\u201d no ano que vem. Isso gera maior concorr\u00eancia e maior profissionalismo. Coisa que no Brasil ainda estamos deixando a desejar. Nesse quesito, quem souber realizar um bom pitching<\/em> e apresentar um projeto coerente sai ganhando.<\/p>\n O que essas mudan\u00e7as acarretam para as pequenas e grandes produtoras?<\/strong><\/p>\n L.F.:<\/strong> Sendo independentes, n\u00e3o importa se pequenas ou grandes, a demanda de trabalho vai aumentar. Logicamente, para quem quiser trabalhar. As possibilidades de trabalho ser\u00e3o cada vez maiores e, mais uma vez, a obrigatoriedade da profissionaliza\u00e7\u00e3o dos conte\u00fados e das empresas. Se a principio todos ter\u00e3o chances, em um futuro breve s\u00f3 restar\u00e3o as \u201cprodutoras profissionais\u201d no sentido amplo da palavra.<\/p>\n Voc\u00ea participou recentemente do F\u00f3rum Brasil TV. Quais as maiores novidades anunciadas nas mesas redondas e palestras?<\/strong><\/p>\n L.F.:<\/strong> O F\u00f3rum Brasil TV veio a concretizar algo que no Rio Content Market de fevereiro desse ano j\u00e1 estava em voga. O que produzir, como produzir e para quem produzir. As TVs que antes estavam \u201cperdidas\u201d, sem saber qual caminho seguir e que linha adotar para aquisi\u00e7\u00e3o desses conte\u00fados, agora est\u00e3o um pouco mais esclarecidas e podem direcionar melhor os trabalhos deles e das produtoras. Assim, as novidades foram de entender como trabalhar com essas TVs e com a nova lei. Muitas ainda trazem formatos norte-americanos como exemplo e, nesses casos, dever\u00e1 haver uma fus\u00e3o de valores at\u00e9 chegar num denominador comum para uma boa produ\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Quais os diferenciais do Curso de Produ\u00e7\u00e3o Executiva da AIC?<\/strong><\/p>\n L.F.:<\/strong> O Curso de Produ\u00e7\u00e3o Executiva da AIC, al\u00e9m de preparar para administrar e confeccionar projetos tanto para cinema quanto para TV, amplia o olhar sobre o mercado em geral. Muitas produtoras que trabalhavam exclusivamente com cinema, hoje em dia em fun\u00e7\u00e3o da nova lei, j\u00e1 pensam em s\u00e9ries de TV e TV Movie, termo antes s\u00f3 usado nos EUA, para designar filmes feitos para TV. N\u00e3o se trata de uma categoria menor e sim de outra categoria. Podemos usar como exemplo produtoras como a O2, a Pr\u00f3digo Filmes e a Academia de Filmes que atuam em todos os segmentos.<\/p>\n <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A produtora Laura Fazoli,\u00a0coordenadora do curso de Produ\u00e7\u00e3o Executiva da AIC, est\u00e1 \u201cantenada\u201d nas novidades da Lei da TV Paga, que parecem aquecer ainda mais o mercado audiovisual. Confira entrevista exclusiva com a Laura sobre o a nova Lei n. 12. 485. Quais s\u00e3o as principais mudan\u00e7as com a nova lei da TV Paga? L.F.: …<\/p>\n