{"id":22703,"date":"2020-03-13T17:00:42","date_gmt":"2020-03-13T20:00:42","guid":{"rendered":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=22703"},"modified":"2024-04-11T18:10:22","modified_gmt":"2024-04-11T21:10:22","slug":"diversidade-no-cinema","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/diversidade-no-cinema\/","title":{"rendered":"Diversidade no cinema: quais os principais desafios a serem enfrentados?"},"content":{"rendered":"

A diversidade no cinema \u00e9 uma quest\u00e3o que d\u00e1 margem para discuss\u00f5es profundas. Ela passa pela representatividade de diferentes grupos sociais nas telas, criando, atuando e assistindo a tramas que apresentem ideias que dialogam com sua realidade<\/strong>, n\u00e3o vis\u00f5es preconcebidas e estereotipadas.<\/p>\n

\u00c9 curioso notar que o audiovisual, principalmente pelas grandes produ\u00e7\u00f5es que atingem milh\u00f5es de espectadores ao redor do mundo, tem o poder de criar padr\u00f5es de comportamento. Assim, ao n\u00e3o incluir esses grupos de indiv\u00edduos nas obras, ele atua, mesmo que n\u00e3o intencionalmente, para invisibiliz\u00e1-los, o que lhes tira a liberdade de express\u00e3o<\/a>.<\/p>\n

Indo al\u00e9m nessa discuss\u00e3o, a diversidade tamb\u00e9m \u00e9 uma quest\u00e3o trabalhista. Quando o mercado cinematogr\u00e1fico<\/a> n\u00e3o emprega pessoas negras, LGBT e mulheres para cargos proeminentes em produ\u00e7\u00f5es, ele contribui para que esses profissionais desistam da profiss\u00e3o.<\/p>\n

No artigo de hoje, vamos discutir a import\u00e2ncia da diversidade no cinema, e nosso objetivo \u00e9 aprofundar essa discuss\u00e3o tanto quanto poss\u00edvel. Continue a leitura e saiba o que \u00e9 esse conceito, por que discuti-lo, quais s\u00e3o suas pautas e como seria um cinema mais inclusivo.<\/p>\n

O que \u00e9 considerado diversidade no cinema?<\/h2>\n

Inicialmente utilizado para se referir \u00e0s pessoas com defici\u00eancias (PcD), o termo “diversidade” tem sido aplicado em outros contextos, nos \u00faltimos anos. Ele passou a englobar tamb\u00e9m a visibilidade de indiv\u00edduos cujo acesso a determinados bens e servi\u00e7os \u00e9 limitado<\/strong> por causa da cor de sua pele, do seu g\u00eanero ou da sua orienta\u00e7\u00e3o sexual.<\/p>\n

\u00c9 preciso levar em considera\u00e7\u00e3o que essas pessoas quase sempre s\u00e3o cerceadas do seu acesso \u00e0 cultura. Mais que isso, elas n\u00e3o t\u00eam condi\u00e7\u00f5es de arcar com os estudos na \u00e1rea que escolheram trabalhar, devido \u00e0 sua situa\u00e7\u00e3o de fragilidade socioecon\u00f4mica.<\/p>\n

Visto que na maior parte dos casos isso acontece com esses indiv\u00edduos desde muito novos, n\u00e3o seria correto falar de “igualdade” de oportunidades, e os movimentos sociais que lutam pela diversidade preferem utilizar a palavra “equidade”<\/strong>.<\/p>\n

Essa substitui\u00e7\u00e3o vocabular tem um motivo: n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel promover igualdade em um contexto em que as pessoas partem de condi\u00e7\u00f5es desiguais. Logo, \u00e9 dever da ind\u00fastria e dos grupos de trabalho de cinema oferecer condi\u00e7\u00f5es diferentes para cada indiv\u00edduo, de modo a equilibrar as oportunidades.<\/p>\n

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