{"id":18887,"date":"2018-07-17T06:05:13","date_gmt":"2018-07-17T09:05:13","guid":{"rendered":"http:\/\/aicinema.site.brtloja.com.br\/?p=18887"},"modified":"2024-03-20T21:37:58","modified_gmt":"2024-03-21T00:37:58","slug":"documentarios-brasileiros","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/documentarios-brasileiros\/","title":{"rendered":"Document\u00e1rios brasileiros"},"content":{"rendered":"
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Nesse artigo, vamos tra\u00e7ar um panorama sobre os document\u00e1rios brasileiros, contextualizando a sua hist\u00f3ria, as fases mais significativas, e seu fortalecimento enquanto g\u00eanero.<\/p>\n
Ao final, voc\u00ea ter\u00e1 uma lista comentada de alguns document\u00e1rios brasileiros essenciais para quem quer se aprofundar no assunto.<\/p>\n
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O cinema chegou no Brasil em 1896, inicialmente com exibi\u00e7\u00f5es em salas de teatro do Rio de Janeiro, e depois em S\u00e3o Paulo, mas as primeiras imagens do cinema nacional foram produzidas no in\u00edcio do s\u00e9culo 20, por fot\u00f3grafos e cineastas estrangeiros em sua maioria, como os irm\u00e3os Afonso e Paschoal Segreto (filmando a Ba\u00eda de Guanabara a bordo do navio Br\u00e9sil, que chegava de Paris), Silvino dos Santos, major Lu\u00eds Tom\u00e1s Reis, entre outros.<\/p>\n Eram imagens fotogr\u00e1ficas em movimento, que registravam em tomadas documentais cenas de expedi\u00e7\u00f5es, acontecimentos hist\u00f3ricos, atos oficiais, cerim\u00f4nias p\u00fablicas e privadas da elite, fazendas e f\u00e1bricas. Esses foram\u00a0 os primeiros cinejornais e filmes institucionais brasileiros.<\/p>\n Os antrop\u00f3logos tamb\u00e9m come\u00e7aram a incorporar as c\u00e2meras de cinema em suas viagens para documentar popula\u00e7\u00f5es ind\u00edgenas. Os filmes etnogr\u00e1ficos levavam ao Brasil urbano e aos estrangeiros imagens ex\u00f3ticas de um pa\u00eds imenso, desconhecido e selvagem.<\/p>\n At\u00e9 o fim da segunda guerra, as produ\u00e7\u00f5es eram financiadas pelo estado, por empres\u00e1rios e coron\u00e9is fazendeiros, e durante d\u00e9cadas sustentaram a produ\u00e7\u00e3o e comercializa\u00e7\u00e3o de filmes brasileiros. Com a cria\u00e7\u00e3o do Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) em 1936, centenas de filmes foram realizados sob a dire\u00e7\u00e3o do cineasta mineiro Humberto Mauro.<\/p>\n Numa primeira fase, que coincidiu com o Estado Novo, os filmes possu\u00edam car\u00e1ter cient\u00edfico e t\u00e9cnico, enaltecendo as descobertas dos cientistas brasileiros, e as esp\u00e9cies de nossa flora e fauna como extraordin\u00e1rias. Na segunda fase, com o fim do Estado Novo, os filmes buscam o resgate de um Brasil rural, figurado no campo, e Mauro passou a registrar um pa\u00eds ordin\u00e1rio.<\/p>\n Aos realizadores e cr\u00edticos brasileiros que surgiram a partir dos anos de 1950, Mauro deixou a preocupa\u00e7\u00e3o de filmar o pa\u00eds sem modelos pr\u00e9-estabelecidos, fazendo da c\u00e2mera o \u00fanico instrumento.<\/p>\n <\/p>\n Em 1962, o documentarista sueco Arne Sucksdorff veio ao Rio de Janeiro para um semin\u00e1rio de cinema, a convite da Unesco e do Itamaraty. Os jovens cineastas Eduardo Escorel, Arnaldo Jabor, Luiz Carlos Saldanha, Antonio Carlos Fontoura, Alberto Salv\u00e1, Vladmir Herzog, Did Lufti, entre outros, participaram de um curso de 4 meses com ele. Entre filmes e debates, tiveram o primeiro contato com equipamento completo de c\u00e2mera 35mm, gravador Nagra e mesa de montagem, parafern\u00e1lia port\u00e1til at\u00e9 ent\u00e3o inexistente por aqui.<\/p>\n Essas inova\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas permitiram maior mobilidade no set de filmagem e a grava\u00e7\u00e3o de som direto. A situa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica, econ\u00f4mica e social em que vivia o Brasil, e a efervesc\u00eancia cultural que culminaria em movimentos de ruptura como a Tropic\u00e1lia, foram fatores que juntos desencadearam o desenvolvimento pleno do Cinema Novo.<\/p>\n Naquele momento, o Cinema Novo ou Cinema Verdade precisava refletir todas essas influ\u00eancias do cinema estrangeiro, para que a \u00e2nsia de inovar em estilo e t\u00e9cnica fosse focada num objetivo maior de buscar uma identidade para o cinema nacional, sem deixar de ser um instrumento de cr\u00edtica do sistema vigente.<\/p>\n Alguns desses filmes nasceram dentro das pr\u00f3prias universidades, vinculados ao movimento estudantil da UNE, que vivia \u00e9pocas de lideran\u00e7a nos movimentos populares. Destaque para o longa-metragem Cinco vezes favela<\/em><\/strong> (1962), dirigido por Marcos Farias, Miguel Borges, Carlos Diegues, Leon Hirszman e Joaquim Pedro de Andrade, que retratou os contrastes sociais atrav\u00e9s do cotidiano nas favelas.<\/p>\n As entrevistas passaram a ser utilizadas exaustivamente, e a fala do entrevistado passou a ser denominada a voz da experi\u00eancia. A c\u00e2mera na m\u00e3o acompanhava o caminhar do fot\u00f3grafo; a luz era natural, na maioria das vezes deficiente. V\u00e1rios filmes fizeram da falta de condi\u00e7\u00f5es e de estrutura um elemento de sua est\u00e9tica. Document\u00e1rios como Garrincha, alegria do povo<\/em><\/strong> (1963), de Joaquim Pedro de Andrade; Maioria Absoluta<\/em><\/strong> (1964-66), de Leon Hirszman, Viramundo<\/em><\/strong> (1965) e Viva Cariri<\/em><\/strong> (1969), de Geraldo Sarno; Opini\u00e3o P\u00fablica<\/em><\/strong> (1966), de Arnaldo Jabour; Liberdade de Imprensa<\/em><\/strong> (1967), de Jo\u00e3o Batista de Andrade, foram alguns que viraram objeto de estudo de pesquisadores, e de alguma forma marcaram a hist\u00f3ria do cinema document\u00e1rio.<\/p>\n A manipula\u00e7\u00e3o das imagens, somada \u00e0 explora\u00e7\u00e3o de todas as possibilidades expressivas da montagem e dos recursos sonoros, foram fatores que contribu\u00edram para uma vertente do document\u00e1rio que iria adentrar os anos 70 e radicalizar os processos de desconstru\u00e7\u00e3o da linguagem f\u00edlmica, como pode ser percebido nos filmes Congo<\/em><\/strong> (1972), Triste Tr\u00f3pico<\/em><\/strong> (1974) e O ano de 1978<\/em><\/strong> (1975), de Arthur Omar; Iracema, uma Transa Amaz\u00f4nica<\/em><\/strong> (1974), de Senna e Bodanzky, e Di<\/em><\/strong> (1977), de Glauber Rocha.<\/p>\n A repress\u00e3o p\u00f3s-68 da ditadura militar atrapalhou o desenvolvimento do document\u00e1rio brasileiro, mas n\u00e3o conseguiu impedir que temas vedados fossem abordados de maneiras radicalmente originais. A abertura pol\u00edtica, iniciada no final da d\u00e9cada de 1970, trouxe um novo f\u00f4lego para os filmes, que se aprofundaram ainda mais na hist\u00f3ria pol\u00edtica do pa\u00eds. A exemplo da revis\u00e3o hist\u00f3rica da ditadura em Jango<\/em><\/strong> (1984), de S\u00edlvio Tendler; os desafios da transi\u00e7\u00e3o pol\u00edtica em C\u00e9u Aberto<\/em><\/strong> (1985), de Jo\u00e3o Batista de Andrade; os novos problemas advindos do incha\u00e7o urbano em Uma avenida chamada Brasil<\/em><\/strong> (1988), de Oct\u00e1vio Bezerra; o movimento sindical oper\u00e1rio em A Greve<\/em><\/strong> (1979), de Jo\u00e3o Batista de Andrade, em ABC da Greve<\/em><\/strong> (1980), de Leon Hirszman (1980), e em Linha de Montagem<\/em><\/strong> (1982), de Renato Tapaj\u00f3s; o movimento comunit\u00e1rio rural em Terra para Rose<\/em><\/strong> (1987), de Tet\u00ea Moraes e Cabra marcado para morrer<\/em><\/strong> (1984), de Eduardo Coutinho, que, enfim, pode concluir seu projeto. E na produ\u00e7\u00e3o televisiva Walter Salles iniciou sua carreira, realizando os document\u00e1rios Jap\u00e3o, uma Viagem no Tempo<\/em><\/strong>, 1986.<\/p>\n No in\u00edcio dos anos 80, o Brasil passava por uma reorganiza\u00e7\u00e3o pol\u00edtica da sociedade, momento em que surgem diversos movimentos populares, entre eles a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de V\u00eddeo Popular, conhecida como ABVP, tendo entre seus fundadores Luiz Fernando Santoro. Outro exemplo disso foi o Centro de Trabalho Indigenista (CTI), com o projeto V\u00eddeo nas Aldeias<\/em><\/strong>, resultado de longos anos de contato com algumas etnias do Norte do Brasil pela antrop\u00f3loga belga Dominique Gallois e o diretor Vincent Carelli.<\/p>\n <\/p>\n Com as medidas do governo Collor, no come\u00e7o da d\u00e9cada de 1990, o cinema nacional viveu um verdadeiro marasmo e a produ\u00e7\u00e3o de document\u00e1rios s\u00f3 sobreviveu gra\u00e7as \u00e0s evolu\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas e \u00e0 exibi\u00e7\u00e3o em canais educativos.<\/p>\n Mas o fim da dualidade mundial entre capitalismo e socialismo e a globaliza\u00e7\u00e3o marcaram a d\u00e9cada e influenciaram a linguagem cinematogr\u00e1fica documental dos dias de hoje. A miniaturiza\u00e7\u00e3o das c\u00e2meras, a substitui\u00e7\u00e3o do sistema anal\u00f3gico pelo digital na capta\u00e7\u00e3o da imagem e do som e as mais modernas tecnologias de p\u00f3s-produ\u00e7\u00e3o transformam o document\u00e1rio.<\/p>\n \u00c9 a \u201cera do hibridismo das imagens\u201d, em que v\u00e1rios formatos de v\u00eddeo e pel\u00edcula se fundem em materiais finalizados, com qualidade suficiente para emiss\u00f5es televisivas e proje\u00e7\u00f5es em salas comerciais. As bilheterias do document\u00e1rio se tornaram mais expressivas, contando com mais c\u00f3pias no circuito comercial, algumas ultrapassando as de filmes de fic\u00e7\u00e3o nacional, e consagrando cineastas como Eduardo Coutinho, Evaldo Mocarzel e Jo\u00e3o Moreira Salles.<\/p>\n Nessa \u00e9poca tamb\u00e9m, a TV a cabo se fortaleceu e surgiu como parceira em co-produ\u00e7\u00f5es e exibi\u00e7\u00f5es. Jo\u00e3o Moreira Salles dirige, em parceria com K\u00e1tia Lund, o filme Not\u00edcias de uma Guerra Particular<\/em><\/strong>, 1999. Nelson Pereira dos Santos realiza o Casa Grande e Senzala<\/em><\/strong>, 2000, s\u00e9rie de 4 epis\u00f3dios com uma abordagem did\u00e1tica sobre a obra de Gilberto Freire. Isa Grispum Ferraz realiza uma s\u00e9rie de dez epis\u00f3dios documentais sobre o pensamento de Darcy Ribeiro e a forma\u00e7\u00e3o da na\u00e7\u00e3o brasileira em 2000, e outra s\u00e9rie de onze programas sobre intelectuais brasileiros, intitulada Int\u00e9rpretes do Brasil<\/em><\/strong>, 2001.<\/p>\n No final dos anos 90, Coutinho volta ao longa-metragem, trabalhando em v\u00eddeo digital, posteriormente ampliado para 35mm, suporte adequado a seu m\u00e9todo documental devoto do cinema-verdade, realizando filmes como Santo Forte<\/em><\/strong>, 1999, e Edif\u00edcio M\u00e1ster<\/em><\/strong>, 2002 e se tornando um dos maiores documentaristas brasileiros.<\/p>\n A diminui\u00e7\u00e3o no tamanho dos equipamentos digitais, a facilidade no transporte e a consequente diminui\u00e7\u00e3o das equipes fez surgir obras constru\u00eddas em primeira pessoa, onde a rela\u00e7\u00e3o do realizador com a realidade vai muito al\u00e9m de quest\u00f5es sobre a representa\u00e7\u00e3o do real, ampliando os limites do g\u00eanero, caso do filme Um Passaporte H\u00fangaro<\/em><\/strong>, 2003, de Sandra Kogut; e 33<\/em><\/strong>, de Kiko Goiffman, realizado em 2003.<\/p>\n Em 2004, Paulo Sacramento relata a vida dos detentos do pres\u00eddio Carandiru em O Prisioneiro da Grade de Ferro<\/em><\/strong>, com trechos filmados pelos pr\u00f3prios detentos. No mesmo ano, \u00d4nibus 174<\/em><\/strong>, de Jos\u00e9 Padilha, se utiliza de imagens de arquivo para analisar o famoso sequestro de um \u00f4nibus ocorrido no Rio de Janeiro, evento marcado pela onipresen\u00e7a da m\u00eddia e a\u00e7\u00e3o desastrosa da pol\u00edcia. Do Outro Lado do Rio<\/em><\/strong>, 2004, de Lucas Bambozzi e A Alma do Osso<\/em><\/strong>, 2004, de Cao Guimar\u00e3es, indicam novos caminhos ao document\u00e1rio buscando uma rela\u00e7\u00e3o mais sensorial com a realidade.<\/p>\n O programa de fomento \u00e0 produ\u00e7\u00e3o e teledifus\u00e3o do document\u00e1rio brasileiro, intitulado DOCTV<\/strong>, surgiu em 2003 e funciona at\u00e9 os dias de hoje. Com diversas oficinas, foi pe\u00e7a fundamental na forma\u00e7\u00e3o de recursos humanos para a produ\u00e7\u00e3o documental, especialmente nos estados das regi\u00f5es mais afastadas dos grandes centros, como os estados do Norte e Nordeste do pa\u00eds, que geralmente n\u00e3o contavam com produ\u00e7\u00e3o estabelecida de conte\u00fado audiovisual autoral.<\/p>\n Podemos dizer que o document\u00e1rio foi se impondo enquanto g\u00eanero ao longo de sua hist\u00f3ria e tradi\u00e7\u00e3o, mas ainda assim permanece em debate constante entre os te\u00f3ricos, cr\u00edticos e realizadores. Se a realidade pulsa no interior do filme documental, \u00e9 devido a elementos est\u00e9ticos tradicionais do g\u00eanero, pois trazem em si a mem\u00f3ria dessa hist\u00f3ria de usos e sentidos, d\u00e3o \u00e0s obras valor documental e atestam sua aparente unidade enquanto realidade.<\/p>\n <\/p>\n <\/p>\n Tanto no Brasil como no mundo, o cinema documental de certa forma sempre esteve \u00e0 margem da hist\u00f3ria geral do cinema, mas a partir do s\u00e9culo XXI, essa condi\u00e7\u00e3o vem se modificando. H\u00e1 uma maior quantidade de t\u00edtulos documentais, de plateias alcan\u00e7adas, uma crescente participa\u00e7\u00e3o em festivais de cinema, inclusive concorrendo em categorias de melhor filme.<\/p>\n O documentarista e antrop\u00f3logo Kiko Goifman<\/strong><\/a>, diretor do premiado Bixa Travesti<\/em><\/strong> (melhor document\u00e1rio com tem\u00e1tica LGBTI no 68\u00ba Festival Internacional de Cinema de Berlim) e professor convidado do Curso de Document\u00e1rio<\/strong><\/a> da Academia Internacional de Cinema (AIC), v\u00ea com bons olhos o momento do document\u00e1rio brasileiro, e declara que essa afirma\u00e7\u00e3o \u00e9 verdadeira, o Brasil \u00e9 uma das maiores escolas documentais do mundo.<\/p>\n \u201cDurante muitos anos o Brasil era visto como um lugar ex\u00f3tico e interessante para se filmar document\u00e1rios. Muitos estrangeiros vinham ao Brasil e faziam filmes com os m\u00faltiplos grupos \u00e9tnicos, as incr\u00edveis paisagens naturais e urbanas. Atualmente temos muitos documentaristas brasileiros filmando aqui, o que leva a uma produ\u00e7\u00e3o consistente e, mais importante, diversificada. Temas n\u00e3o faltam, por\u00e9m, o mais rico \u00e9 a pluralidade dos olhares, dos m\u00e9todos de trabalho. Document\u00e1rios criativos aparecem com for\u00e7a. Alguns mais autorais, v\u00e1rios feitos na primeira pessoa do singular, outros mais po\u00e9ticos, alguns mais pol\u00edticos\u201d, conta.<\/p>\n Kiko afirma que basta olharmos para os principais festivais de cinema europeus, especializados ou n\u00e3o em document\u00e1rios, para perceber como a presen\u00e7a do Brasil \u00e9 marcante. \u201cMuitos j\u00e1 fizeram retrospectivas de document\u00e1rios brasileiros, incluindo a\u00ed o IDFA, em Amsterdam, considerado o maior Festival de Document\u00e1rios do mundo. Em 2018, como exemplo, na Mostra Panorama do Festival de Berlim, tive a honra de estar com um document\u00e1rio ao lado de v\u00e1rios outros diretores brasileiros como Maria Augusta Ramos, Luiz Bolognesi e Karim A\u00efnouz. E este processo j\u00e1 tem mais de uma d\u00e9cada.\u201d<\/p>\n<\/a> <\/b>
\n <\/b><\/p>\nComo foram as primeiras produ\u00e7\u00f5es de filmes brasileiros<\/h3>\n
O Cinema Novo e suas principais influ\u00eancias<\/h3>\n
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Novas tecnologias e o cinema atual<\/h3>\n
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Brasil \u2013 uma das maiores escolas documentais do mundo<\/h3>\n