{"id":18814,"date":"2018-07-09T16:24:27","date_gmt":"2018-07-09T19:24:27","guid":{"rendered":"http:\/\/aicinema.site.brtloja.com.br\/?p=18814"},"modified":"2019-12-18T11:53:32","modified_gmt":"2019-12-18T13:53:32","slug":"igor-sales-ex-aluno-da-aic-e-diretor-da-imersys-empresa-de-realidade-virtual-fala-sobre-essa-tecnologia-que-so-cresce-no-brasil","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/igor-sales-ex-aluno-da-aic-e-diretor-da-imersys-empresa-de-realidade-virtual-fala-sobre-essa-tecnologia-que-so-cresce-no-brasil\/","title":{"rendered":"Igor Sales, ex-aluno da AIC e diretor da Imersys – empresa de Realidade Virtual, fala sobre essa tecnologia que s\u00f3 cresce no Brasil"},"content":{"rendered":"
A Imersys<\/a>, empresa de Realidade Virtual de Igor Sales, aluno da primeira turma do FILMWORKS<\/a> \u2013 o curso t\u00e9cnico em Dire\u00e7\u00e3o Cinematogr\u00e1fica da Academia Internacional de Cinema (AIC), come\u00e7ou no final de 2016 com um projeto para l\u00e1 de bacana.<\/p>\n Nas \u00faltimas olimp\u00edadas, Igor e os s\u00f3cios Mauro Hanzen, Tiago Vignatti e Rafael Greg\u00f3rio desenvolveram uma atra\u00e7\u00e3o para o Parque Ol\u00edmpico, onde o visitante tinha a sensa\u00e7\u00e3o de tocar nas cataratas de Foz do Igua\u00e7u. \u00a0As imagens das cataratas eram projetadas em uma cortina de vapor d’\u00e1gua dentro de um ambiente cenogr\u00e1fico. O sucesso foi t\u00e3o grande que o p\u00fablico encarou mais de 3 horas de filas querendo \u201ctocar\u201d nas famosas quedas.<\/p>\n A partir da\u00ed surgiram outros trabalhos, como a apresenta\u00e7\u00e3o \u201creal\u201d da Usina Hidrel\u00e9trica de Itaipu, esp\u00e9cie de tour virtual que permite conhecer em detalhes a usina e seu funcionamento. Depois desses dois projetos, no come\u00e7o de 2017, nascia oficialmente a Imersys.<\/p>\n \u201cNada me surpreendeu tanto como a primeira vez que experimentei um HMD (Head Mounted Display ou \u00f3culos de realidade virtual). Fiquei chocado diante da percep\u00e7\u00e3o do quanto o meu c\u00e9rebro – que eu considerava treinado – estava sendo claramente enganado dentro de um ambiente virtual. As minhas pernas ficaram bambas e as m\u00e3o tr\u00eamulas. Eu fiquei sem palavras e n\u00e3o queria voltar para a \u2018realidade real\u2019. Imediatamente percebi que o\u00a0potencial desta ferramenta era infinitamente maior do que o da tela plana passiva, e que essa realidade poderia tanto destruir quanto transformar vidas. Foi ali, junto com Rafael Greg\u00f3rio, que decidimos: a partir de hoje \u00e9 a isso que n\u00f3s vamos nos dedicar\u201d, conta Igor.<\/p>\n Igor, que esteve na \u00faltima edi\u00e7\u00e3o do Rio Content Market<\/a> para falar do assunto, topou esclarecer para a gente, um pouco sobre o tema, que ainda gera muitas d\u00favidas. Afinal, o que \u00e9 realidade virtual? Para que serve? Precisa de \u00f3culos? Qual a diferen\u00e7a entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada? Confira as respostas e entenda mais sobre o assunto…\u00a0<\/strong><\/p>\n AIC – O que \u00e9 realidade virtual?<\/em><\/strong><\/p>\n Igor Sales:<\/strong> Realidade Virtual (RV) \u00e9 um termo cunhado por Jaron Lanier<\/a>, nos anos 80, para se referir a uma interface de intera\u00e7\u00e3o humano-m\u00e1quina capaz de imergir m\u00faltiplos sentidos em um ambiente virtual. Hoje a forma mais popularizada de imergir na Realidade Virtual \u00e9 atrav\u00e9s de um head-mounted display (HMD), conhecidos como \u201c\u00f3culos de Realidade Virtual\u201d, ligados a uma interface computacional. Mas o conceito \u00e9 mais profundo, com um longo debate filos\u00f3fico sobre os termos e origens envolvidas. Em resumo, podemos assumir que a Realidade Virtual \u00e9 uma interface avan\u00e7ada entre usu\u00e1rio e sistema operacional, com o objetivo de recriar ao m\u00e1ximo a sensa\u00e7\u00e3o de realidade, levando a pessoa a adotar essa intera\u00e7\u00e3o como uma de suas realidades temporais.<\/p>\n AIC – Para que ela serve? Quais as aplica\u00e7\u00f5es mais comuns?<\/em><\/strong><\/p>\n I.S:<\/strong> \u00c9 imposs\u00edvel delinear as utilidades da Realidade Virtual, ainda mais com os avan\u00e7os das tecnologias, ind\u00fastria 4.0 e a era das Startups<\/em>. O surgimento de novos acess\u00f3rios e utilidades para a RV s\u00e3o cada vez mais amplos, todos os dias surgem acess\u00f3rios capazes de aprofundar a imers\u00e3o, de facilitar a produ\u00e7\u00e3o e reprodu\u00e7\u00e3o dos conte\u00fados gerados para essa plataforma de comunica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n \u00c9 poss\u00edvel enumerar grandes usos desta tecnologia e ainda separ\u00e1-los por hist\u00f3ricos e atuais, j\u00e1 que temos um grande salto de acessibilidade tecnol\u00f3gica nos \u00faltimos 5 anos.<\/p>\n Para come\u00e7ar, os usos mais antigos est\u00e3o ligados ao entretenimento. Nos anos 50 o cineasta americano Morton Heilig<\/a> criou o Sensorama<\/a>, um equipamento que reproduzia filmes 3D com som espacial, respostas h\u00e1pticas (relativo ao tato) e at\u00e9 cheiro! Por muitos \u00e9 considerado o primeiro equipamento completamente imersivo para realidade virtual. Antes dele houveram simuladores militares, \u00f3culos estereosc\u00f3picos, mas nunca com tamanha complexidade tecnol\u00f3gica. \u00a0Nos anos 90 tivemos grandes aplica\u00e7\u00f5es para treinamento de astronautas na NASA, na ind\u00fastria petroqu\u00edmica, aeron\u00e1utica e at\u00e9 na medicina. A quest\u00e3o \u00e9 que todos estes projetos sempre esbarraram nos alt\u00edssimos custos envolvidos tanto no equipamento quanto na produ\u00e7\u00e3o de conte\u00fado.<\/p>\n