Debora Ivanov<\/a> no Rio Content Market de 2016, das 2606 obras (entram ai, al\u00e9m do cinema, document\u00e1rios, fic\u00e7\u00e3o, v\u00eddeo musical, variedades, anima\u00e7\u00e3o e reality shows) apenas 19% foi dirigido por mulheres, 23% roteirizado e 41% das obras contaram com mulheres trabalhando na produ\u00e7\u00e3o executiva dos projetos.<\/p>\nJ\u00e9ssica Queiroz lembra que os n\u00fameros s\u00e3o quase inexistentes quando falamos de mulheres negras no cinema. \u201cAl\u00e9m da barreira de ser mulher, sou negra e perif\u00e9rica. Comecei a trabalhar em agencia de publicidade e at\u00e9 hoje preciso dividir o meu tempo entre os meus filmes, meus projetos e bater cart\u00e3o de segunda a sexta em agencia de publicidade. \u00c9 importante comentar que dos \u00faltimos 200 filmes lan\u00e7ados no Brasil, segundo n\u00fameros de 2015 da Ancine, 84% deles foram feitos por homens brancos, 16% por mulheres brancas e nenhum por mulheres negras. E o pior \u00e9 que isso n\u00e3o \u00e9 nem questionado nas escolas e em nenhum outro lugar. Sem contar na forma como somos retratados, s\u00f3 aparecemos no Favela Movie como pobres ou bandidos. Nunca somos protagonistas da nossa hist\u00f3ria. \u00c9 preciso repensar nesse modelo e principalmente agir e contratar mulheres, negras e perif\u00e9ricos\u201d.<\/p>\n
A representa\u00e7\u00e3o da Mulher no Cinema<\/b><\/h4>\n Outro assunto debatido foi a forma como a mulher \u00e9 representada na telona, geralmente repleta de estere\u00f3tipos de g\u00eanero, objetificando o corpo de forma sexualizada. As palestrantes lembraram da pesquisa Investiga\u00e7\u00e3o sobre o Impacto da representa\u00e7\u00e3o de g\u00eanero no cinema e na televis\u00e3o brasileira<\/i>, divulgado em 2016 pelo Instituto Geena Davis, que tem como objetivo ampliar a participa\u00e7\u00e3o da mulher no audiovisual.<\/p>\n
Cerca de 73% dos brasileiros acreditam que filmes e programas televisivos mostram as mulheres de maneira exageradamente sexualizadas e que mais da metade dos brasileiros acredita que os filmes e programas incentivam o desrespeito e o ass\u00e9dio a mulheres.<\/p>\n
A atriz Britt Harris falou que ainda \u00e9 mais f\u00e1cil conseguir se posicionar no mercado como atriz do que trabalhar atr\u00e1s das c\u00e2meras, e conseguir reconhecimento. \u00a0Ainda assim, h\u00e1 as dificuldades de se sobreviver como atriz nesse universo. Britt tamb\u00e9m ressaltou de que \u00e9 preciso pensar em como quebrar os estere\u00f3tipos: \u201c\u00c9 preciso parar de chamar o negro para fazer o papel do negro. \u00c9 preciso parar de chamar mulheres apenas para fazer o papel j\u00e1 conhecido de mulheres\u201d.<\/p>\n
Andrea Capella contou que tenta fugir dos estere\u00f3tipos ao retratar o corpo feminino. \u201cSempre tento fazer uma luz que expresse rela\u00e7\u00e3o n\u00e3o objetifica\u00e7\u00e3o, nada de c\u00e2mera lenta subindo do p\u00e9. \u00c9 preciso ficar muito atento em como fotografamos esses corpos para n\u00e3o maximizar as quest\u00f5es de g\u00eanero\u201d.<\/p>\n
Ainda foram ressaltadas quest\u00f5es de forma\u00e7\u00e3o de p\u00fablico, da necessidade de projetos ainda nas escolas, da democratiza\u00e7\u00e3o das m\u00eddias e principalmente a import\u00e2ncia de ceder espa\u00e7o e oportunidade para que as mulheres ocupem seus espa\u00e7os.<\/p>\n
*Fotos Al\u00ea Borges e Ivanildo Carmo<\/em><\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"A Semana de Cinema e Mercado (SCM) da Academia Internacional de Cinema (AIC) reiterou a ideia de que muito ainda precisa ser feito para ampliar a presen\u00e7a feminina no universo (masculino) do audiovisual. Dedicado ao cinema feito por mulheres, o Painel \u201cMulheres no Cinema\u201d reuniu grandes nomes e gerou um debate caloroso e necess\u00e1rio trazendo …<\/p>\n
Semana de Cinema e Mercado debate a presen\u00e7a feminina no cinema brasileiro<\/span> Leia mais »<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":23,"featured_media":16763,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"site-sidebar-layout":"default","site-content-layout":"","ast-site-content-layout":"","site-content-style":"default","site-sidebar-style":"default","ast-global-header-display":"","ast-banner-title-visibility":"","ast-main-header-display":"","ast-hfb-above-header-display":"","ast-hfb-below-header-display":"","ast-hfb-mobile-header-display":"","site-post-title":"","ast-breadcrumbs-content":"","ast-featured-img":"","footer-sml-layout":"","theme-transparent-header-meta":"","adv-header-id-meta":"","stick-header-meta":"","header-above-stick-meta":"","header-main-stick-meta":"","header-below-stick-meta":"","astra-migrate-meta-layouts":"","ast-page-background-enabled":"default","ast-page-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-4)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"ast-content-background-meta":{"desktop":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"tablet":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""},"mobile":{"background-color":"var(--ast-global-color-5)","background-image":"","background-repeat":"repeat","background-position":"center center","background-size":"auto","background-attachment":"scroll","background-type":"","background-media":"","overlay-type":"","overlay-color":"","overlay-gradient":""}},"footnotes":""},"categories":[305],"tags":[],"acf":[],"yoast_head":"\nSemana de Cinema e Mercado debate a presen\u00e7a feminina no cinema brasileiro - Academia Internacional de Cinema (AIC)<\/title>\n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n \n \n \n\t \n\t \n\t \n