{"id":16718,"date":"2017-06-05T15:10:07","date_gmt":"2017-06-05T18:10:07","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=15514"},"modified":"2017-09-05T14:52:35","modified_gmt":"2017-09-05T17:52:35","slug":"vencedores-do-filmworks-film-festival-2017-edicao-sao-paulo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/vencedores-do-filmworks-film-festival-2017-edicao-sao-paulo\/","title":{"rendered":"Vencedores do Filmworks Film Festival 2017 \u2013 edi\u00e7\u00e3o S\u00e3o Paulo"},"content":{"rendered":"
\"Cinema<\/a>
Cinema cheio com jurados, professores, alunos e familiares.<\/figcaption><\/figure>\n

Pode parecer clich\u00ea cinematogr\u00e1fico, mas, a sensa\u00e7\u00e3o que costurou toda a premia\u00e7\u00e3o da 8\u00aa edi\u00e7\u00e3o do FILMWORKS FILM FESTIVAL foi a como\u00e7\u00e3o. Agita\u00e7\u00e3o de sentimentos tanto dos premiados como da plateia. Emo\u00e7\u00e3o em sua forma mais pura. Seja pela tem\u00e1tica dos filmes, pelo discurso emocionado dos ganhadores ou por fatores mais simples, como o audit\u00f3rio lotado e caloroso, as palmas estridentes a cada trof\u00e9u entregue ou pela apresenta\u00e7\u00e3o emocionada da coordenadora Juliana Salazar. Al\u00e9m disso, para deixar tudo ainda melhor, o Festival Exclusivo da Academia Internacional de Cinema (AIC) contou com duas novas sess\u00f5es, uma mostra de document\u00e1rio e uma de filmes LGBTs. Pela primeira vez tamb\u00e9m, o festival recebeu a inscri\u00e7\u00e3o de filmes de alunos dos cursos de cinema<\/a> e document\u00e1rio<\/a>, al\u00e9m dos j\u00e1 tradicionais filmes dos alunos do FILMWORKS<\/a> \u2013 o curso t\u00e9cnico em dire\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica da escola.<\/p>\n

\"Ronaldo<\/a>
Ronaldo Dimer e Victor Amaro recebendo o pr\u00eamio por \u201cTempos de C\u00e3o\u201d<\/figcaption><\/figure>\n

Ao todo foram 27 filmes exibidos no CineSesc, entre os dias 2 e 3 de junho, concorrendo a 12 categorias: Dire\u00e7\u00e3o, Roteiro, Fotografia, Edi\u00e7\u00e3o, Dire\u00e7\u00e3o de arte, Som, Atua\u00e7\u00e3o, Melhor Filme, New Vision, J\u00fari Popular, Curta Livre e Melhor Document\u00e1rio. Segundo os jurados, essa foi de longe a edi\u00e7\u00e3o mais acirrada e a vota\u00e7\u00e3o foi apertada, muitos filmes n\u00e3o receberam pr\u00eamios por muito pouco e todos foram unanimes ao dizer que os filmes eram muito bons e tiveram dificuldades na escolha.<\/p>\n

O Melhor Filme<\/strong><\/h4>\n
\"Tempos<\/a>
Cena de “Tempos de C\u00e3o”, vencedor do pr\u00eamio de Melhor Filme – filme sobre a falta de \u00e1gua.<\/figcaption><\/figure>\n

O pr\u00eamio de melhor filme foi para \u201cTempos de C\u00e3o\u201d, de Ronaldo Dimer e Victor Amaro. O curta traz \u00e0 tona quest\u00f5es da crise h\u00eddrica paulista e n\u00e3o-atores que vagam por uma S\u00e3o Paulo inabitada (um cen\u00e1rio \u201cfuturista-mad-max\u201d) e tentam resistir a extin\u00e7\u00e3o eminente e a falta de \u00e1gua. A dupla de diretores j\u00e1 trabalhou junto em \u201cArmat Jakawinaka \u2013 Vidas Ausentes\u201d, filme vencedor dos pr\u00eamios de Melhor Filme, Roteiro e Dire\u00e7\u00e3o no Filmworks Film Festival de 2015<\/a> e que tamb\u00e9m foi exibido na Mostra Foco, na 18\u00aa Mostra de Cinema de Tiradentes. O filme tamb\u00e9m recebeu o pr\u00eamio de Melhor Arte. Quem assina a dire\u00e7\u00e3o de arte do curta s\u00e3o os alunos Cris Cortilio e Victor Amaro.<\/p>\n

Mulheres negras e Empoderamento Feminino<\/strong><\/h4>\n
\"A<\/a>
A professora Teresinha Cipolotti, e os coordenadores Martin Eikmeier e Juliana Salazar entregando o pr\u00eamio para o document\u00e1rio Carolina<\/figcaption><\/figure>\n

Dois curtas-document\u00e1rios que retratam o universo da mulher negra e seu percurso de empoderamento, tema atual e necess\u00e1rio, que trouxeram ainda mais emo\u00e7\u00e3o para o evento, tamb\u00e9m sa\u00edram vencedores do festival. \u201cCarolina\u201d, curta-document\u00e1rio de Camilla Lima, Fernanda Pithan, J\u00e9ssica Cruz, Nat\u00e1lia Francis e Felipe Nunes revela a hist\u00f3ria da migrante, negra, favelada e m\u00e3e solteira, Carolina Maria de Jesus que escreveu o livro \u201cQuarto de Despejo\u201d, publicado nos anos 60. O filme recebeu os pr\u00eamios de Curta Livre e J\u00fari Popular. \u201cA Carolina caiu nas nossas m\u00e3os por um acaso do destino! Fazer esse filme foi muito importante para n\u00f3s e acredito que ele seja de extrema relev\u00e2ncia para o debate do empoderamento feminino\u201d, conta Fernanda Pithan, uma das diretoras do filme. \u201cEsse Bumbo \u00e9 Meu\u201d recebeu o pr\u00eamio de Melhor Document\u00e1rio. Dirigido por Paula Sim\u00f5es, Ruy Reis, Dagmar Serpa, Daniel Mirolli e Marina Chekmysheva, apresenta a luta, preconceitos e conflitos vividos pelas mulheres do samba que tentam manter viva a cultura de seus ancestrais, o samba de bumbo, express\u00e3o musical tradicional do interior paulista, heran\u00e7a do tempo da escravid\u00e3o.<\/p>\n

\"Todos<\/a>
Todos os vencedores do 8. Filmworks Film Festival – S\u00e3o Paulo<\/figcaption><\/figure>\n

\u201cDos seis document\u00e1rios que estavam na mostra, tr\u00eas tratavam do protagonismo feminino, em especial da mulher negra, e um filme do protagonismo de um personagem negro, num bairro afro-italiano, que \u00e9 o Bexiga em s\u00e3o Paulo. Os filmes s\u00e3o dos alunos, claro, mas de alguma forma, a AIC d\u00e1 a oportunidade para que esses filmes sejam produzidos. Ent\u00e3o, a gente fica muito feliz, como escola de cinema, em dar espa\u00e7o para que apare\u00e7am na esfera p\u00fablica trabalhos com essa densidade social. A quest\u00e3o da mulher, a quest\u00e3o da mulher negra, a quest\u00e3o da cultura popular… Talvez, se n\u00e3o fossem oportunidades como essa, esses projetos n\u00e3o viessem \u00e0 tona com a urg\u00eancia que eles precisam ter\u201d, diz J\u00falio Wainer, documentarista e s\u00f3cio mantenedor da AIC.<\/p>\n

Melhor Atua\u00e7\u00e3o e New Vision<\/strong><\/h4>\n
\"Danna<\/a>
Danna Lisboa, transexual e n\u00e3o-atriz que estrela o filme \u201cCidade Neon\u201d tamb\u00e9m trouxe quest\u00f5es importantes em seu discurso. Emocionada, ap\u00f3s receber o pr\u00eamio por sua atua\u00e7\u00e3o, falou da necessidade da sociedade conhecer outros corpos, diferente daqueles que s\u00e3o \u2018catalogados\u2019 e conhecidos.<\/figcaption><\/figure>\n

Danna Lisboa, transexual e n\u00e3o-atriz que estrela o filme \u201cCidade Neon\u201d tamb\u00e9m trouxe quest\u00f5es importantes em seu discurso. Emocionada, ap\u00f3s receber o pr\u00eamio por sua atua\u00e7\u00e3o, falou da necessidade da sociedade conhecer outros corpos, diferente daqueles que s\u00e3o \u2018catalogados\u2019 e conhecidos. \u201cOutros corpos existem e precisam ser conhecidos e aceitos\u201d, falou, arrancando gritos e aplausos da plateia. O cr\u00edtico de cinema Rubens Ewald Filho<\/a>, al\u00e9m de jurado, apresentou o pr\u00eamio New Vision. Em seu discurso, contou que acompanha a trajet\u00f3ria da escola e dos filmes produzidos pelos alunos e ficou muito feliz em ver a evolu\u00e7\u00e3o dos filmes e todo o potencial da escola e dos alunos. Entregou o pr\u00eamio para Akira Kamiki, que dirigiu o filme \u201cPoente\u201d.<\/p>\n

Confira todos os vencedores:<\/strong><\/h4>\n