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Voc\u00ea gosta de document\u00e1rio, ou pelo menos sabe o que caracteriza esse tipo de filme?<\/strong> Uma vis\u00e3o sobre a atualidade, um tratamento criativo da realidade? Ambas as coisas? \u00c9 o que vamos descobrir neste artigo \u2013 em sua ess\u00eancia, tamb\u00e9m um pouquinho documental.<\/p>\n
O document\u00e1rio \u00e9 uma pr\u00e1tica cinematogr\u00e1fica que est\u00e1 constantemente evoluindo e n\u00e3o tem fronteiras muito claras. Acredita-se que o termo documentary<\/i> tenha sido cunhado pelo cineasta escoc\u00eas John Grierson. Segundo ele, o princ\u00edpio do document\u00e1rio estava no potencial do cinema para a observa\u00e7\u00e3o da vida<\/strong>, que poderia ser explorado em uma nova forma de arte. Ele defendia que o ator \u201coriginal\u201d e a cena \u201coriginal\u201d seriam melhores para interpretar o mundo moderno do que os elementos que a fic\u00e7\u00e3o oferecia. Ou seja, que os conte\u00fados tirados do \u201cmaterial cru\u201d seriam sempre mais reais do que os encenados.<\/p>\n
Neste artigo, vamos responder \u00e0s principais d\u00favidas sobre a carreira nesta \u00e1rea:<\/strong><\/h2>\n
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- O que faz<\/a><\/li>\n
- Document\u00e1rio versus Fic\u00e7\u00e3o<\/a><\/li>\n
- Dificuldades e Desafios<\/a><\/li>\n
- Responsabilidades e Dia a Dia<\/a><\/li>\n
- O Tempo de Cada Projeto<\/a><\/li>\n
- Quanto Ganha<\/a><\/li>\n
- Como se tornar um documentarista<\/a><\/li>\n
- Cursos\u00a0de Document\u00e1rio<\/a><\/li>\n<\/ul>\n
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Veja tamb\u00e9m nossos outros artigos da s\u00e9rie Profiss\u00f5es do Cinema:<\/strong><\/h5>\n
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- Quero ser Diretor de Cinema<\/a><\/li>\n
- Quero ser Roteirista<\/a><\/li>\n
- Quero ser Diretor de Fotografia<\/a><\/li>\n
- Quero ser Diretor de Arte<\/a><\/li>\n
- Quero ser\u00a0Ator<\/a><\/li>\n
- Quero ser Produtor<\/a><\/li>\n
- Quero ser Editor<\/a><\/li>\n
- Quero trabalhar com Som para Cinema<\/a><\/li>\n
- Quero ser Documentarista<\/a><\/li>\n
- Trabalhar com Cinema, Sonho ou Realidade?<\/a><\/li>\n<\/ul>\n
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O que faz um documentarista?<\/b><\/h3>\n
O documentarista observa, dialoga e inventa. Ele observa o mundo ou uma situa\u00e7\u00e3o, se apaixona por um determinado sujeito ou objeto, estabelece estrat\u00e9gias de aproxima\u00e7\u00e3o e finalmente processa aquele assunto por meio da cria\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica. Em sua produ\u00e7\u00e3o de conte\u00fado, o cineasta documental formula seu olhar sobre aquele tema, tendo o discurso audiovisual como ferramenta.<\/strong><\/p>\n
Ao contr\u00e1rio do que muitas pessoas pensam, o document\u00e1rio n\u00e3o \u00e9 um registro fiel da realidade<\/strong>. Trata-se de uma constru\u00e7\u00e3o de linguagem que parte da reflex\u00e3o do cineasta. O mesmo tema poderia ser passado para diversos documentaristas diferentes e isso geraria filmes completamente diversos, pois a perspectiva de cada um \u00e9 \u00fanica.<\/p>\n
Um dos aspectos mais interessantes do document\u00e1rio \u00e9 a autonomia do criador. O documentarista geralmente faz um pouco de tudo no set. Al\u00e9m disso, \u00e9 muito raro um document\u00e1rio em que a ideia inicial n\u00e3o parte do pr\u00f3prio cineasta. Trata-se de um profissional que se apaixona por um assunto e, dominando grande parte do processo da produ\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica, transforma aquilo em um filme, uma constru\u00e7\u00e3o narrativa que mostre seu ponto de vista sobre o tema.<\/p>\n
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Qual a diferen\u00e7a entre fic\u00e7\u00e3o e document\u00e1rio?<\/b><\/h3>\n
Para a maioria dos documentaristas, essa distin\u00e7\u00e3o \u00e9 bastante nebulosa. Na verdade, o cinema nasceu como document\u00e1rio; afinal, os primeiros filmes dos irm\u00e3os Lumi\u00e8re<\/a>, pioneiros do fazer cinematogr\u00e1fico, l\u00e1 no final do s\u00e9culo XIX, retratavam cenas do cotidiano dos franceses da \u00e9poca.<\/p>\n
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Dificuldades e desafios<\/b><\/h3>\n
\u00c9 muito forte a ideia, principalmente para o p\u00fablico brasileiro, de que o document\u00e1rio \u00e9 algo pedag\u00f3gico, did\u00e1tico e, por consequ\u00eancia, chato. Ele pode ensinar algo, claro, mas em geral n\u00e3o \u00e9 pela via mais simplista ou \u00f3bvia. A li\u00e7\u00e3o deve vir embutida em uma cria\u00e7\u00e3o art\u00edstica, um olhar intenso sobre o mundo, um ponto de vista interessante do documentarista. \u00c9 preciso recortar a realidade, criando dispositivos que potencializem o que o artista quer falar<\/strong>, entender, mostrar. \u00c9 sempre um di\u00e1logo.<\/p>\n
Um consenso entre os documentaristas \u00e9 de que sempre se sai de um filme sabendo mais sobre o mundo, entendendo melhor a realidade. Entretanto, como essa realidade nem sempre \u00e9 muito bonita ou agrad\u00e1vel, um dos maiores desafios est\u00e1 na maneira como o cineasta \u2013 e tamb\u00e9m os personagens retratados por ele \u2013 ir\u00e3o se comportar no meio do \u201cfurac\u00e3o\u201d. O filme nunca \u00e9 uma linha reta, previs\u00edvel.<\/p>\n
Lidar com a mudan\u00e7a, com situa\u00e7\u00f5es inusitadas ou inesperadas, pode ser uma enorme dificuldade para muitas pessoas. Para o documentarista, \u00e9 o que faz a diferen\u00e7a em seu trabalho. Existe um primeiro filme, que est\u00e1 em sua cabe\u00e7a. Ele pesquisa e descobre que aquilo n\u00e3o \u00e9 bem assim, o que j\u00e1 transforma a ideia em um segundo filme. Depois de tudo filmado, acaba aparecendo na edi\u00e7\u00e3o um terceiro filme, totalmente diferente do que o imaginado no in\u00edcio. Deu pra perceber como \u00e9 din\u00e2mico e interessante esse processo?<\/p>\n
Essas transforma\u00e7\u00f5es radicais, do desejo inicial at\u00e9 a vers\u00e3o final do filme tornam o processo mais desafiador, mas tamb\u00e9m um pouco incerto. Lidar com o descontrole, o acaso, o imprevisto, \u00e9 uma das principais qualidades que um cineasta documental precisa ter.<\/strong> S\u00e3o essas dificuldades e novidades que exigem mais aten\u00e7\u00e3o, pois elas acabar\u00e3o conduzindo a narrativa.<\/p>\n
Al\u00e9m da responsabilidade com a realidade e das quest\u00f5es \u00e9ticas que muitas vezes o cinema de fic\u00e7\u00e3o n\u00e3o enfrenta, outra grande dificuldade para quem est\u00e1 nessa \u00e1rea \u00e9 o pr\u00f3prio mercado. \u00c9 uma carreira que envolve constantes oscila\u00e7\u00f5es e o sucesso com o p\u00fablico nas bilheterias muitas vezes demora a chegar, ou nem chega. Claro que cada caso \u00e9 um caso, mas o profissional de document\u00e1rio precisa estar preparado para trabalhar por paix\u00e3o, n\u00e3o por reconhecimento.<\/p>\n
Ele tamb\u00e9m precisa estar disposto a ser tolerante no trabalho em grupo, fazer concess\u00f5es, ceder, mudar os planos, dividir fun\u00e7\u00f5es, deixar totalmente o ego de lado, compartilhar e absorver ideias. A \u00e9tica que se mostrar\u00e1 no trabalho final, que vai para o mundo, \u00e9 a mesma que come\u00e7a dentro da equipe.
\n<\/a><\/p>\nQuais as responsabilidades de um diretor de document\u00e1rio? <\/b>Como \u00e9 o dia a dia de um documentarista?<\/b><\/b><\/h3>\n
Isso depende do momento da produ\u00e7\u00e3o. Na fase de pesquisa, em geral o cineasta se re\u00fane com a equipe de pesquisadores e define as horas e o m\u00e9todo de trabalho<\/strong>. J\u00e1 no momento de gravar, \u00e9 como se ele sa\u00edsse do seu mundo, pois se dedica 24h por dia ao projeto \u2013 mais ainda se a grava\u00e7\u00e3o for em outra cidade ou pa\u00eds. Na edi\u00e7\u00e3o, o tempo e o envolvimento do diretor (caso ele mesmo n\u00e3o seja o editor do projeto) tamb\u00e9m variam de acordo com o material captado.<\/p>\n
O que o documentarista precisa estar preparado para fazer \u00e9 estar sempre presente, em todas as fases da produ\u00e7\u00e3o, e disposto a fazer o que for preciso. Geralmente, ele \u00e9 quem tem a ideia e participa dela desde a entrevista da primeira fonte at\u00e9 a inser\u00e7\u00e3o do \u00faltimo cr\u00e9dito. Com as novas tecnologias e equipamentos dispon\u00edveis hoje em dia, \u00e9 cada vez mais comum o cineasta colocar \u201ca m\u00e3o na massa\u201d e \u00e0s vezes at\u00e9 fazer tudo sozinho, explorando novas possibilidades narrativas e realizando projetos extremamente autorais.<\/p>\n
Essa ideia de um profissional multifun\u00e7\u00e3o pode soar atrativa para alguns, por conta da autonomia, mas o importante mesmo \u00e9 sentir quais ser\u00e3o os recursos e profissionais necess\u00e1rios, desenvolvendo e aprimorando esses processos, que variam de filme para filme.<\/p>\n
O que o trabalho de um documentarista sempre envolve, no entanto, \u00e9 muita observa\u00e7\u00e3o, paci\u00eancia, leitura, pesquisa de campo, de materiais de arquivo<\/strong>. O diretor de um document\u00e1rio precisa conduzir a hist\u00f3ria em todos os momentos, pois n\u00e3o existe um manual, uma planilha, uma f\u00f3rmula, como muitas vezes \u00e9 comum no cinema de fic\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
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Quanto tempo demora cada projeto?<\/b><\/h3>\n
Tudo depende do tamanho da empreitada. Alguns projetos podem ser pesquisados, filmados e editados relativamente r\u00e1pido \u2013 o que, para um longa-metragem, em geral significa alguns meses. Entretanto, a maioria dos document\u00e1rios, pelo fato de envolverem muita pesquisa de campo, deslocamento e situa\u00e7\u00f5es da vida real, acabam levando anos para ficarem prontos. Por isso, muitos documentaristas optam por trabalhar em mais do que um projeto ao mesmo tempo, dependendo da fase em que est\u00e3o em determinado filme.<\/p>\n
O importante \u00e9 ter em mente que quase nunca ser\u00e1 um processo r\u00e1pido e tranquilo, j\u00e1 que o tempo no document\u00e1rio desempenha um papel important\u00edssimo; em alguns filmes, o tempo \u00e9 o pr\u00f3prio sujeito da a\u00e7\u00e3o<\/strong>. Por isso, paci\u00eancia \u00e9 fundamental.<\/p>\n
Essa tamb\u00e9m \u00e9 uma grande diferen\u00e7a do document\u00e1rio e do jornalismo: para o documentarista, \u00e9 preciso ter uma rela\u00e7\u00e3o amorosa com o tempo; j\u00e1 o jornalista muitas vezes acaba desrespeitando um pouco o tempo, no sentido de ter que jogar a informa\u00e7\u00e3o para o p\u00fablico imediatamente, sem se permitir a reflex\u00e3o que um olhar demorado sobre o conte\u00fado pode gerar.<\/p>\n
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Quanto ganha um documentarista?<\/b><\/h3>\n
A resposta padr\u00e3o de todo documentarista para essa quest\u00e3o \u00e9 de que tudo varia muito, n\u00e3o existe um par\u00e2metro. Muitas vezes, o projeto \u00e9 financiado por conta pr\u00f3pria, j\u00e1 que \u00e9 relativamente barato fazer um document\u00e1rio e quase sempre se trata de um trabalho autoral, embora sempre exista a possibilidade de vender o filme se ele for bem sucedido em festivais.<\/p>\n
Editais e leis de fomento tamb\u00e9m podem ser boas op\u00e7\u00f5es para documentaristas<\/strong>, j\u00e1 que muitos contemplam verba de at\u00e9 1 milh\u00e3o de reais para longas-metragens de document\u00e1rio. J\u00e1 para curtas, normalmente o valor que se pode solicitar fica em torno de 100 mil reais. A divis\u00e3o dos recursos entre o sal\u00e1rio do diretor e as despesas de produ\u00e7\u00e3o varia de acordo com as demandas de cada projeto, mas normalmente esse cach\u00ea n\u00e3o ultrapassa 15% do valor total do filme. No entanto, \u00e9 poss\u00edvel buscar incentivos de diferentes fontes, o que permite maior autonomia financeira no filme e melhor remunera\u00e7\u00e3o para seus realizadores.<\/p>\n
H\u00e1 quem produza material para a internet, o que abre in\u00fameras oportunidades hoje em dia, ou tamb\u00e9m para a televis\u00e3o \u2013 nesse caso de conte\u00fado \u201csob encomenda\u201d, \u00e9 bem poss\u00edvel que o ponto de vista do documentarista n\u00e3o esteja t\u00e3o presente no filme. Mas como se trata de uma \u00e1rea bastante aberta e fluida, existem ainda profissionais que transitam entre a fic\u00e7\u00e3o e o document\u00e1rio, e vice-versa.<\/p>\n
Com um or\u00e7amento razo\u00e1vel, pode-se ganhar um cach\u00ea de 20 mil reais como diretor de um document\u00e1rio de longa-metragem. Considerando que geralmente o documentarista tamb\u00e9m produz o pr\u00f3prio filme, ou ajuda na produ\u00e7\u00e3o, \u00e9 sempre uma quest\u00e3o de saber negociar e adequar os recursos dispon\u00edveis. Contudo, para aqueles que ainda est\u00e3o come\u00e7ando, que precisam ganhar experi\u00eancia e habilidade na \u00e1rea, em algum momento acaba sendo preciso trabalhar por meio de incentivos ou \u201capostar\u201d em um projeto, muitas vezes fazendo parcerias e recebendo valores bem mais baixos \u2013 tanto por acreditar na hist\u00f3ria quanto para \u201cmostrar a cara\u201d.<\/p>\n
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Como se tornar um documentarista?<\/b><\/h3>\n
Um movimento que tem crescido recentemente \u00e9 o dos cursos de document\u00e1rio<\/strong><\/a>. No passado, era mais comum pegar a c\u00e2mera e sair fazendo filmes, curtas e at\u00e9 mesmo longas, ou partir de uma forma\u00e7\u00e3o ou profissionaliza\u00e7\u00e3o no cinema ficcional para ent\u00e3o experimentar o documental.<\/p>\n
Refer\u00eancias e conselhos<\/h3>\n
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- Para quem busca refer\u00eancias na \u00e1rea, o filme \u201cCinema Novo\u201d, de Eryk Rocha, \u00e9 um ode \u00e0 hist\u00f3ria cinematogr\u00e1fica brasileira e uma verdadeira aula de document\u00e1rio.<\/li>\n
- Outro longa brasileiro interessante para quem deseja se tornar documentarista \u00e9 \u201cEdif\u00edcio Master\u201d, de Eduardo Coutinho. \u201c\u00daltimas Conversas\u201d, tamb\u00e9m de Coutinho, traz entrevistas com alunos da rede p\u00fablica do Rio de Janeiro, sobre suas vidas, seus sonhos e o que almejam para o futuro. J\u00e1 o filme \u201cJogo de Cena\u201d, do mesmo diretor, explora um pouco a fluidez entre o cinema de fic\u00e7\u00e3o e o documental.<\/li>\n
- O premiado document\u00e1rio \u201cCameraperson\u201d, de Kirsten Johnson, mostra o trabalho dela por tr\u00e1s das c\u00e2meras. A cineasta usa uma enorme quantidade de material gravado durante d\u00e9cadas ao redor do mundo para construir um panorama do olhar destemido de um documentarista e do poder da c\u00e2mera.<\/li>\n
- Para aqueles que buscam um bom livro sobre o assunto, \u201cA Dificuldade do Document\u00e1rio\u201d, de Jo\u00e3o Moreira Salles, fala sobre o cinema de n\u00e3o-fic\u00e7\u00e3o que, para muitos, pode parecer \u201cabsolutamente desorientador\u201d, mas que n\u00e3o precisa ser t\u00e3o dif\u00edcil assim \u2013 afinal, n\u00e3o se trata de um documento da realidade, mas de um di\u00e1logo, uma maneira de falar com o p\u00fablico.<\/li>\n
- O principal conselho de quem j\u00e1 trabalha com document\u00e1rios \u00e9 saber escutar \u2013 tanto uma pessoa quanto uma paisagem. Escutar a equipe, os entrevistados, escutar o tempo. Acolher os fatos com sensibilidade e humildade.<\/li>\n
- Esse interesse pelo outro \u2013 mas ao mesmo tempo, ao falar do outro, acabar falando tamb\u00e9m um pouco de si mesmo \u2013 \u00e9 o que precisa se destacar em um documentarista. Ele tem que estar sempre buscando coisas novas: procurando refer\u00eancias, vendo filmes, estudando, pesquisando, testando, praticando, viajando. Mas, principalmente, precisa saber lidar com gente.<\/li>\n
- Ter esse contato t\u00e3o pr\u00f3ximo com o que muitas vezes \u00e9 diferente de voc\u00ea, mas que faz parte do mundo que voc\u00ea quer retratar, e encontrar a melhor forma de filmar isso, de expressar criativamente essa ideia, \u00e9 um trabalho extraordin\u00e1rio.<\/li>\n
- Para o documentarista Michael Moore, a primeira regra do cinema documental \u00e9 simplesmente essa: n\u00e3o fa\u00e7a um document\u00e1rio, fa\u00e7a um filme. Se voc\u00ea quisesse fazer um discurso pol\u00edtico, poderia se aliar a um partido, organizar um com\u00edcio. Se quisesse dar um serm\u00e3o, teria se tornado padre. Se quisesse dar uma aula ou palestra, teria virado professor. Mas, se voc\u00ea escolheu usar a arte do cinema para se expressar artisticamente e contar hist\u00f3rias, simplesmente fa\u00e7a isso!<\/li>\n
- O que fica na tela muitas vezes n\u00e3o \u00e9 o que o diretor do document\u00e1rio quer, mas o que tem mais for\u00e7a e impacto para a narrativa. Por isso, futuro documentarista, n\u00e3o queira impor suas ideias. Um filme documental pode levar o artista para caminhos completamente diferentes do que ele imaginou… e isso \u00e9 maravilhoso!<\/li>\n<\/ul>\n<\/li>\n<\/ul>\n
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