{"id":13641,"date":"2016-08-11T20:32:58","date_gmt":"2016-08-11T23:32:58","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=13641"},"modified":"2017-08-16T16:36:20","modified_gmt":"2017-08-16T19:36:20","slug":"uma-ponte-entre-brasil-e-india","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/uma-ponte-entre-brasil-e-india\/","title":{"rendered":"Uma Ponte Entre Brasil e \u00cdndia"},"content":{"rendered":"
Franthiesco Ballerini, Coordenador de Cursos Livres e professor dos cursos de Hist\u00f3ria do Cinema, (no qual trabalha os principais movimentos cinematogr\u00e1ficos) e Estudos de Dire\u00e7\u00e3o, (no qual faz uma an\u00e1lise de alguns dos principais diretores) da Academia Internacional de Cinema<\/a> (AIC), lan\u00e7a artigo em livro que far\u00e1 parte do acervo da Biblioteca Ibero-Americana em Berlim, considerada a maior biblioteca da Europa com acervo de obras latino-americanas. O livro \u201cSur South \u2013 Poetics and Politics of Thinking Latin America \/ India\u201d \u00e9 uma colet\u00e2nea de artigos que tratam das semelhan\u00e7as e diferen\u00e7as culturais entre Brasil e \u00cdndia, e Franthiesco fala de sua especialidade, o cinema: Cinema como ponte cultural entre Brasil e \u00cdndia? Uma abordagem comparativa baseado numa experi\u00eancia pessoal<\/b>.<\/p>\n O t\u00edtulo do artigo \u201cCinema como ponte cultural entre Brasil e \u00cdndia? Uma abordagem comparativa baseado numa experi\u00eancia pessoal\u201d foi escolhido porque para Ballerini era importante \u201cfazer conex\u00f5es entre o cinema indiano e brasileiro, que s\u00e3o bem d\u00edspares. E nele, h\u00e1 um \u201ccomparativo da ind\u00fastria autossustent\u00e1vel indiana, que produz mais de mil filmes por ano, e a ind\u00fastria brasileira, ainda dependente de incentivos fiscais. Mostro os pontos positivos de um e de outro. Na \u00cdndia, um filme paga outro, a p\u00f3s-produ\u00e7\u00e3o de imagem e som \u00e9 fant\u00e1stica, de ponta, refer\u00eancia no mundo, mas os roteiros s\u00e3o muito fracos, h\u00e1 uma forte censura do estado a temas ligados a sexo ou desigualdades sociais. J\u00e1 no Brasil, nossos roteiros e hist\u00f3rias s\u00e3o mais elaborados, mas a p\u00f3s-produ\u00e7\u00e3o de qualidade \u00e9 coisa para poucos, para os grandes or\u00e7amentos. Por\u00e9m, a maior diferen\u00e7a \u00e9 que o indiano gosta de se ver no cinema, o brasileiro ainda est\u00e1 reaprendendo isso. O cinema na \u00cdndia \u00e9 t\u00e3o poderoso quanto nossas novelas foram no Brasil no s\u00e9culo passado\u201d.<\/p>\n Apesar de bastante distintos, os dois pa\u00edses possuem \u201cpovos alegres e simp\u00e1ticos. A viol\u00eancia aqui \u00e9 chocante e l\u00e1 \u00e9 centrada na mulher (estupro). S\u00e3o pa\u00edses muito pautados pela religi\u00e3o em tudo que fazem e as artes s\u00e3o muito melodram\u00e1ticas, altamente emotivas, com muita m\u00fasica e dan\u00e7a\u201d compara Franthiesco.<\/p>\n Uma entrevista, uma viagem e muito material. Esse foi o in\u00edcio de uma hist\u00f3ria que j\u00e1 dura nove anos e teve in\u00edcio com uma curiosidade sobre o diferente. Assim conheceu esse mundo fant\u00e1stico, criativo e por que n\u00e3o dizer pitoresco, que \u00e9 o cinema indiano.<\/p>\n A partir de um release sobre uma mostra de filmes indianos, que estava sendo organizada por Ram Devineni, s\u00f3cio e conselheiro da AIC e dono da produtora\u00a0Rattapallax Films, Franthiesco teve acesso a um mundo completamente diferente de tudo o que vira at\u00e9 ali. De uma conversa despretensiosa a uma viagem de um m\u00eas ao mundo cinematogr\u00e1fico indiano, foi um pulo. Na bagagem de volta, hist\u00f3rias interessantes e peculiares como quando fala sobre a censura no pa\u00eds: \u201cvi quase uma centena de filmes e em nenhum deles h\u00e1 sequer um beijo na boca. A censura do estado \u00e9 forte, influenciada pelo hindu\u00edsmo, ent\u00e3o, os atores chegam muito perto de beijar e o filme acaba\u201d relata Franthiesco, ou ainda, a venera\u00e7\u00e3o que os atores causam na grande massa, \u201ccertos atores s\u00e3o t\u00e3o venerados que possuem templos de adora\u00e7\u00e3o e eu conto tudo isso em detalhes no \u2018Di\u00e1rio de Bollywood\u2019\u201d relata Ballerini. Dessa experi\u00eancia, ainda nasceram reportagens especiais para jornais e revistas, um document\u00e1rio em metra-metragem, o Bollyword, e o contrato com uma editora para a publica\u00e7\u00e3o do primeiro livro em l\u00edngua portuguesa sobre o cinema indiano \u2013 Di\u00e1rio de Bollywood \u2013 Curiosidades e Segredos da Maior Ind\u00fastria de Cinema do Mundo (2009).<\/p>\n<\/a>
\u00cdNDIA X BRASIL<\/h5>\n
\u00a0O COME\u00c7O<\/h5>\n
\u00a0O INTERESSE<\/h5>\n