{"id":12513,"date":"2015-11-16T16:58:34","date_gmt":"2015-11-16T18:58:34","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=12513"},"modified":"2015-11-16T16:58:34","modified_gmt":"2015-11-16T18:58:34","slug":"aracati-das-professoras-aline-portugal-e-julia-de-simone-estreia-no-idfa-o-maior-festival-de-documentarios-do-mundo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/aracati-das-professoras-aline-portugal-e-julia-de-simone-estreia-no-idfa-o-maior-festival-de-documentarios-do-mundo\/","title":{"rendered":"Aracati, das professoras Aline Portugal e Julia de Simone, estreia no IDFA – o maior festival de document\u00e1rios do mundo"},"content":{"rendered":"
<\/a>Tem como fazer um filme com algo t\u00e3o imaterial como o vento? As professoras da Academia Internacional de Cinema (AIC \u2013 RJ) Aline Portugal<\/a> e Julia de Simone<\/a> provaram que sim! Com vontade de experimentar maneiras de se aproximarem de algo impalp\u00e1vel, toparam essa empreitada e, ao longo de seis anos, viajaram pelo Vale do Jaguaribe, no Cear\u00e1, seguindo a rota do Vento Aracati. O resultado \u00e9 o m\u00e9dia-document\u00e1rio \u201cAcarati\u201d, que tem sua estreia mundial no pr\u00f3ximo dia 21 no maior festival de document\u00e1rios do mundo, o IDFA – International Documentary Film Festival Amsterdam<\/a>, que acontece entre 18 e 29 de novembro na Holanda.<\/p>\n \u201cSe em um primeiro momento gostar\u00edamos de fazer um filme sobre o vento, com essas experi\u00eancias come\u00e7amos a perceber que as paisagens estavam se transformando de forma acelerada, assim como os modos de vida e o senso de temporalidade na regi\u00e3o. Descobrimos ent\u00e3o que o vento, mais do que um tema, era uma for\u00e7a motriz que sopraria essa jornada pela regi\u00e3o, como um wind movie\u201d, contam Aline e Julia, respons\u00e1veis pela dire\u00e7\u00e3o, roteiro e produ\u00e7\u00e3o do document\u00e1rio.<\/p>\n <\/a>O filme parte do litoral e adentra pelo interior do estado. \u201cO que nos encantou foi a hist\u00f3ria desse vento que passa todos os dias na mesma hora e adentra mais de 400km pelo interior do estado, sendo um elemento importante na regi\u00e3o\u201d, conta Aline que tamb\u00e9m revela que o espa\u00e7o estava sofrendo grandes mudan\u00e7as, tanto com a ocorr\u00eancia do Aracati como nas rela\u00e7\u00f5es que as pessoas desenvolvem com o vento. \u201cDecidimos nos focar nessas paisagens em transforma\u00e7\u00e3o e perceber as rela\u00e7\u00f5es que as pessoas estabelecem com esses espa\u00e7os. A todo momento s\u00e3o for\u00e7as distintas que est\u00e3o ali, coexistindo no mesmo tempo-espa\u00e7o, ora em harmonia, ora de forma violenta\u201d, conta Aline.<\/p>\n Durante os anos de pesquisa, elas tamb\u00e9m filmaram outros dois curtas: \u201cVento Aracati\u201d (2014) e \u201cEstudo para o Vento\u201d (2011). \u201cEm 2016, temos j\u00e1 agendada uma viagem de exibi\u00e7\u00e3o dos tr\u00eas filmes pelo interior do Cear\u00e1, nas cidades em que filmamos\u201d, contam as diretoras.<\/p>\n <\/a>Julia d\u00e1 aulas no Curso de Document\u00e1rio<\/a> e Aline no Curso de Forma\u00e7\u00e3o Livre em Roteiro<\/a>. Quando questionadas sobre o roteiro do document\u00e1rio elas contam que ele foi constru\u00eddo a partir de situa\u00e7\u00f5es que criaram depois de conhecer um pouco dos personagens atrav\u00e9s de uma pesquisa realizada por Victor Furtado. \u201cO roteiro foi um guia para a gente, em que definimos algumas cenas que gostar\u00edamos de filmar. Mas \u00e9 claro que durante o processo precisamos abandon\u00e1-lo em v\u00e1rios momentos, para lidar com o que ia aparecendo no nosso caminho. Acredito que, principalmente no document\u00e1rio, \u00e9 muito importante que o roteiro seja um elemento disparador, mas que n\u00e3o se transforme em uma pris\u00e3o que te fa\u00e7a perder de vista o mundo em seu movimento – tanto na filmagem como na montagem\u201d, contam.<\/p>\n <\/a>O filme tem sua estreia mundial no IDFA no pr\u00f3ximo dia 21 e ainda ser\u00e1 exibido nos dias 23, 24 e 28\/11. Antes do IDFA o filme foi premiado no BAL \u2013 Laborat\u00f3rio de Work in Progress do BACIFI<\/a>.<\/p>\n Al\u00e9m de \u201cAracati\u201d, cerca de 250 novos document\u00e1rios ser\u00e3o exibidos no festival, que \u00e9 dividido em mostras competitivas e informativas. O evento tamb\u00e9m promove um encontro de mercado, o\u00a0Docs for Sale<\/a>, que re\u00fane compradores, distribuidores, agentes de venda e programadores.<\/p>\n Dire\u00e7\u00e3o e roteiro Aline Portugal e Julia De Simone – Produ\u00e7\u00e3o Caroline Louise, Pedro Di\u00f3genes, Julia De Simone e Aline Portugal – Dire\u00e7\u00e3o de fotografia Victor de Melo – Montagem Clarissa Campolina e Luiz Pretti – Pesquisa Victor Furtado – Som direto Marco Rudolf – Desenho de som e mixagem Pedro Aspahan e Hugo Silveira – Corre\u00e7\u00e3o de cor Dami\u00e1n Benetucci – Coordenador de p\u00f3s-produ\u00e7\u00e3o Frederico Benevides – Identidade visual Ta\u00eds Augusto Lima – Com: Jo\u00e3o Jos\u00e9 Gonzaga da Silva, Jos\u00e9 C\u00e9lio de Assis, Ideusuite Bezerra, Leonardo de S\u00e1 Dutra Cavaleiro, Francisco Isac da Silva, Alvanir de Almeida e\u00a0Euz\u00e9bio Zloccowick<\/p>\n *Cr\u00e9dito Fotos:\u00a0Victor de Mello<\/strong><\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Tem como fazer um filme com algo t\u00e3o imaterial como o vento? As professoras da Academia Internacional de Cinema (AIC \u2013 RJ) Aline Portugal e Julia de Simone provaram que sim! Com vontade de experimentar maneiras de se aproximarem de algo impalp\u00e1vel, toparam essa empreitada e, ao longo de seis anos, viajaram pelo Vale do …<\/p>\nRoteiro de Document\u00e1rio<\/b><\/h4>\n
O Festival<\/b><\/h4>\n
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