{"id":12153,"date":"2015-09-22T13:41:32","date_gmt":"2015-09-22T16:41:32","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=12153"},"modified":"2015-09-22T13:41:32","modified_gmt":"2015-09-22T16:41:32","slug":"que-horas-ela-volta-entra-em-sua-quarta-semana-de-exibicao-nos-cinemas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/que-horas-ela-volta-entra-em-sua-quarta-semana-de-exibicao-nos-cinemas\/","title":{"rendered":"Que Horas Ela Volta? entra em sua quarta semana de exibi\u00e7\u00e3o nos cinemas"},"content":{"rendered":"
<\/a>Semana passada o site Filme B noticiou que o filme \u201cQue Horas Ela Volta?\u201d, de Anna Muylaert, ganhou mais salas de exibi\u00e7\u00e3o, aumentando o circuito em 90%. \u201cNo dia 27 de agosto, o filme abriu em 91 salas fazendo uma m\u00e9dia pouco expressiva de 287 espectadores. Na segunda semana, encolheu um pouco, para 69 salas. Na terceira, reverteu a curva, subiu para 78 salas e viu seu p\u00fablico aumentar em 88% em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 segunda semana\u201d, escreveu o jornalista Thiago Stivaletti.<\/p>\n Geralmente os filmes come\u00e7am em v\u00e1rias salas e, se n\u00e3o atraem bilheteria j\u00e1 no primeiro final de semana, v\u00e3o perdendo espa\u00e7o. B\u00e1rbara Sturm, que cursou o FILMWORKS<\/a> \u2013 curso t\u00e9cnico em dire\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica da Academia Internacional de Cinema (AIC), \u00e9 diretora da Pandora Filmes e respons\u00e1vel pela distribui\u00e7\u00e3o do longa. Ela diz que as redes sociais deram uma grande ajuda. Muita gente reclamou da falta de hor\u00e1rios na p\u00e1gina de Facebook do filme e B\u00e1rbara encaminhou as mensagens aos exibidores quando foram negociar a terceira semana. \u201cTivemos diversos fatores, trabalhamos por semana, e a \u00faltima teve um crescimento bom. Nas tr\u00eas primeiras tivemos frio, o que leva mais pessoas para as salas. Tamb\u00e9m teve a pr\u00e9-indica\u00e7\u00e3o para o Oscar, a diretora Anna Muylaert e Regina Cas\u00e9 no programa do J\u00f4, a entrevista da Regina no Fant\u00e1stico. Mas o fundamental, sem d\u00favida, foi o boca a boca. Esse movimento, o di\u00e1logo, a identifica\u00e7\u00e3o com as pessoas \u00e9 o que realmente faz o filme crescer\u201d, conta.<\/p>\n Para quem ainda n\u00e3o viu (precisa ir!), o filme conta a hist\u00f3ria de Val, uma nordestina que deixa sua filha aos cuidados de parentes em Pernambuco para trabalhar como bab\u00e1 numa fam\u00edlia de classe alta em S\u00e3o Paulo. Treze anos mais tarde, ela tornou-se uma segunda m\u00e3e para o menino Fabinho. Quando J\u00e9ssica, filha adolescente de Val vai para S\u00e3o Paulo prestar vestibular, e fica hospedada na casa da fam\u00edlia, a situa\u00e7\u00e3o complica. Sua personalidade forte mexe na hierarquia social da fam\u00edlia e consequentemente questiona a rigidez dos pap\u00e9is sociais vigentes.<\/p>\n Com isso o filme apresenta diversas quest\u00f5es do Brasil contempor\u00e2neo. A a\u00e7\u00e3o se passa quase que totalmente dentro de uma casa de classe m\u00e9dia alta do bairro do Morumbi em S\u00e3o Paulo. Ali reproduz-se n\u00e3o apenas a arquitetura, mas tamb\u00e9m os costumes sociais e o jogo de afetos desenhados para n\u00f3s desde o per\u00edodo Colonial.<\/p>\n \u201cEsse filme pode ser visto como social, mas n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 isso. Minha abordagem n\u00e3o \u00e9 julgar os personagens e suas a\u00e7\u00f5es, mas sim mostrar a verdade de maneira crua\u201d, declara a diretora Anna Muylaert.<\/p>\nO Filme<\/b><\/h4>\n
Entrevista<\/b><\/h4>\n