{"id":10924,"date":"2015-02-05T14:18:55","date_gmt":"2015-02-05T16:18:55","guid":{"rendered":"http:\/\/www.aicinema.com.br\/?p=10924"},"modified":"2018-12-12T12:31:37","modified_gmt":"2018-12-12T14:31:37","slug":"amor-plastico-e-barulho-em-cartaz-nos-cinemas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aicinema.com.br\/amor-plastico-e-barulho-em-cartaz-nos-cinemas\/","title":{"rendered":"Amor, Pl\u00e1stico e Barulho em cartaz nos cinemas"},"content":{"rendered":"

\"9813_587300334748310_5969009587573823821_n\"<\/a>O premiado longa \u201cAmor, Pl\u00e1stico e Barulho\u201d (dir. Renata Pinheiro), que contou com a participa\u00e7\u00e3o da preparadora, produtora de elenco e professora da Academia Internacional de Cinema (AIC), Amanda Gabriel<\/a>, est\u00e1 em cartaz nos cinemas de S\u00e3o Paulo, Bras\u00edlia, Porto Alegre, Fortaleza, Aracaj\u00fa, Macei\u00f3, Recife e Belo Horizonte.<\/p>\n

O filme conta a hist\u00f3ria de companheiras em uma banda de m\u00fasica brega: Shelly (Nash Laila) \u00e9 uma jovem dan\u00e7arina que sonha se tornar cantora e Jaqueline (Maeve Jinkings), uma experiente cantora que j\u00e1 emplacou alguns sucessos e amarga o decl\u00ednio da sua carreira. Inseridas no universo do show business, entre nightclubs e programas de TV local, descobrem que tudo \u00e9 descart\u00e1vel, como o sucesso, o amor e as demais rela\u00e7\u00f5es humanas.<\/p>\n

\"Maeve<\/a>
Maeve Jinkings, que interpreta Jaqueline, em Amor, Pl\u00e1stico e Barulho<\/figcaption><\/figure>\n

Amanda, que conduziu o processo de sele\u00e7\u00e3o de elenco e depois trabalhou na prepara\u00e7\u00e3o dos atores, diz que \u00e9 um filme sobre consumo, num aspecto amplo: \u201c\u00c9 sobre como as pessoas, principalmente a mulher, s\u00e3o transformadas em mercadoria. N\u00e3o \u00e9 um filme feminino, mas diria que \u00e9 um filme feminista. Mas um feminismo sem hipocrisia. Acho que no brega, assim como no funk, h\u00e1 algo muito revolucion\u00e1rio sexualmente falando mesmo. As mulheres ao mesmo tempo t\u00eam seus corpos objetificados, tamb\u00e9m tomam posse dele e de seus desejos. Tamb\u00e9m \u00e9 um filme sobre beleza, como eu acho que s\u00e3o todos os filmes de Renata Pinheiro\u201d.<\/p>\n

Preparando o elenco<\/b><\/h4>\n

Amanda conta que foram quatro semanas de ensaios di\u00e1rios, muitas vezes divididos em tr\u00eas turnos de trabalho. \u201cO corpo foi a chave principal do trabalho, era preciso entend\u00ea-lo como mat\u00e9ria pl\u00e1stica e principal ferramenta de cria\u00e7\u00e3o. Os dois atores que fazem os bailarinos na banda (Jeniffer Caldas e Everton Gomes) tiveram papel essencial na constru\u00e7\u00e3o daqueles corpos. Eu j\u00e1 havia trabalhado com eles em “Tatuagem” e os convidei para fazerem as coreografias da banda e ensinarem ao resto do elenco. A partir da dan\u00e7a \u00e9 que emergiram os corpos\u201d.<\/p>\n

Interpreta\u00e7\u00e3o para Cinema <\/b><\/h4>\n
\"Shelly<\/a>
Shelly (Nash Laila) \u00e9 uma jovem dan\u00e7arina que sonha se tornar cantora, em Amor Pl\u00e1stico e Barulho<\/figcaption><\/figure>\n

Licenciada em Artes C\u00eanicas pela Universidade Federal de Pernambuco, Amanda fez sua primeira prepara\u00e7\u00e3o de elenco no filme \u201cAmigos de Risco\u201d, de Daniel Bandeira, h\u00e1 10 anos.<\/p>\n

\u201cFui aprendendo cinema no set. Fazendo. Cada diretor com que trabalhei foi uma escola pra mim. Com Klebler Mendon\u00e7a (O Som ao Redor) aprendi a pensar mise-en-sc\u00e8ne, enquadramento, movimento de c\u00e2mera. Pensar o quadro como \u00e1rea de atua\u00e7\u00e3o e us\u00e1-lo para estabelecer rela\u00e7\u00f5es entre personagens e ambiente. Com Renata Pinheiro aprendi a ter um olhar mais generoso. A capacidade dela de fabricar beleza da mat\u00e9ria mais improv\u00e1vel \u00e9 incr\u00edvel. Aprendi tamb\u00e9m que o cinema pode ser barroco\u201d, conta.<\/p>\n

Professora do Curso de Interpreta\u00e7\u00e3o para Cinema<\/b> na unidade do Rio de Janeiro, Amanda revela um pouco mais sobre como ser\u00e3o as aulas, que foram baseadas a partir de sua experi\u00eancia e aprendizado. \u201cCinema \u00e9 linguagem e a l\u00edngua s\u00e3o nossos filmes. Acho importante que pensemos a partir do que tem sido feito. \u00c9 urgente que os atores entrem em contato com o que h\u00e1 de mais significativo no pensamento e na produ\u00e7\u00e3o cinematogr\u00e1fica nacional dos \u00faltimos anos. N\u00e3o adianta olhar somente pra fora ou para os diretores do passado. Claro que \u00e9 preciso referenci\u00e1-los, mas \u00e9 preciso tamb\u00e9m aprender a se comunicar com nosso tempo e com os atuais realizadores. Como ler um roteiro, como abordar um personagem, como \u2018abrir\u2019 uma cena e como trat\u00e1-la desde o roteiro at\u00e9 chegar no set s\u00e3o quest\u00f5es que eu tamb\u00e9m pretendo levar para a oficina\u201d.<\/p>\n

Assista ao Trailer:<\/h4>\n