O ex-aluno do curso de Interpretação para Cinema e TV Victor Salomão está na série Os Ausentes, a primeira produção brasileira original da HBO Max, plataforma de streaming recém-chegada ao Brasil. Na série, com direção de Caroline Fioratti e Raoni Rodrigures, o ator de 28 anos interpreta Kennedy Pires, garoto de programa que se assume gay para o padrasto e vai em busca de saber quem é o seu pai biológico.
Além da série investigativa, Victor também está na nova temporada de Segunda Chamada, prevista para estrear em setembro na TV Globo.
Victor conversou com a equipe de comunicação da AIC e falou sobre as séries, personagens e planos para o futuro. Confira a entrevista!
ENTREVISTA
AIC: Você estreou na primeira série nacional da HBO, como foi essa experiência?
Victor Salomão: Foi uma experiência fantástica e, ao mesmo tempo, a realização de um sonho. Foi minha estreia em produções audiovisuais. Um presente dos diretores Caroline Fioratti e Raoni Rodrigues e também da produtora de elenco Ale Tosi (professora da AIC). Eu lembro do primeiro dia no set quando conheci meus parceiros de cena os atores Maria Flor e Erom Cordeiro, eu achei que ia ficar nervoso, mas foi diferente, eu me senti super a vontade e pronto para realizar o meu trabalho. E nesse primeiro dia, foi que caiu uma ficha de toda uma trajetória que eu já tinha na arte e a certeza de que escolher o ofício de atuar foi a decisão mais maravilhosa que eu tinha tomado na minha vida.
AIC: Fale sobre o seu personagem na série Os Ausentes. Você se inspirou em alguém?
V.S.: Eu faço o personagem Kennedy Pires, um garoto de programa que se assume gay para a mãe e o padrasto. Na trama, Kennedy vai atrás de Ciro Vasquez (Otavio Martins), seu pai biológico, um promotor de justiça que está desaparecido e na mira de uma quadrilha de tráfico de órgãos. Nessa saga de encontrar seu pai e saber se ele está vivo ou morto, ele encontra Maria Júlia e Raul (Maria Flor e Erom Cordeiro) que são investigadores de uma agência especializada em pessoas desaparecidas. Minha inspiração é resultado de várias coisas, tanto de pessoas na minha família que só assumiram um relacionamento homoafetivo depois de lutar muito contra o preconceito, como também de relatos de pessoas que trabalham fazendo programa e dessa vulnerabilidade de ganhar a vida trabalhando na rua.
AIC: E como é o personagem que você interpreta na nova temporada de Segunda Chamada?
V.S.: Em Segunda Chamada, eu faço o José Leonardo, aluno do Ensino Noturno da Escola Estadual Carolina Maria de Jesus. José é uma pessoa alegre, impulsiva e que vai muito na onda do seu melhor amigo, Jackson (Ariclenes Barroso). Ele tem muita admiração pelo amigo e é quase que um fiel escudeiro de Jackson, tanto nas horas boas quanto nas horas ruins, dentro da Escola.
AIC: Você sempre quis atuar?
V.S.: Minha vontade por atuação veio através de um Curso de Publicidade e Propaganda, no Centro Universitário Nove de Julho. Depois que eu terminei a faculdade, fui fazer um curso de Teatro. Foi paixão à primeira vista. E desde de 2015 nunca mais parei. Passei pelo Núcleo de Teatro da USP (TUSP) onde eu fiz minha última peça, chamada Fausto e dirigida por Rene Piazentin. Logo em seguida, ingressei no Núcleo Experimental de Artes Cênicas do SESI-SP, um programa que seleciona jovens artistas a passar um ano experimentando diversas áreas das Artes Cênicas. Ao final do curso é realizada uma montagem. E, de uns anos para cá, meu foco tem sido cursos e oficinas para a atuação no audiovisual.
AIC: Como foi estudar na Academia Internacional de Cinema (AIC)?
V.S.: Adorei a experiência de fazer um curso na AIC. Era uma escola que eu queria fazer algum curso faz tempo. Eu me surpreendi muito com o método de ensino da escola, achei tudo muito prático, muito semelhante com um set de filmagem. E os professores dão total atenção a todos. Eu adorei fazer o curso de férias, ele foi muito intenso e trouxe muito aprendizado para a minha trajetória. Com certeza eu sai do curso melhor do que quando eu cheguei. As aulas com a Vanessa Prieto, Antonio Vanfill e Michelle Boesche são aulas que você realmente aprende fazendo na prática, além desses orientadores terem uma sensibilidade que faz com que potencialize o ator dentro de um set. A estrutura da AIC é magnífica e tem tudo que você precisa para fazer Cinema de qualidade. Outra coisa que eu gostei foi o intercâmbio e a troca que os alunos de outras turmas fazem. Uma turma que faz direção conhece alunos quem fazem atuação e assim sai um filme. Esse networking é muito interessante de ver, ainda mais quando você está dentro da escola.
AIC: Planos para o futuro?
V.S. : Pretendo continuar estudando atuação, quem sabe um dia fazer o TAC da AIC-SP. Tenho uma vontade de começar a me exercitar a escrever minhas próprias histórias, fazendo cursos de roteiro. E continuar alguns projetos audiovisuais que ainda estão muito embrionários, mas que nos próximos anos já estarão em fase de produção. Eu tenho muita vontade de fazer um longa-metragem e espero que aconteça algo em breve.