A professora de direção de fotografia da Academia Internacional de Cinema (AIC -RJ) Lílis Soares recebeu o prêmio Helena Ignez 2020, oferecido pelo Júri Oficial a um destaque feminino da 23ª Mostra Tiradentes. A premiação aconteceu no dia 1º de fevereiro, no Cine-Tenda, em Tiradentes.
Lílis Soares, que assinou três produções participantes da mostra: os curtas “Ilhas de calor”, na Mostra Jovem; “Minha história é outra”, na Mostra Foco; e o longa “Um dia com Jerusa”, na Mostra A Imaginação como Potência, afirmou que é necessário ampliar espaço para as mulheres e os negros no cinema nacional.
“O que ela tem feito, articulada em coletivos, como o Coletivo de Diretoras de Fotografia do Brasil, ao qual o júri estende sua homenagem, é um cinema que assume para si a responsabilidade de enfrentar não apenas uma disputa de narrativas, mas o agenciamento de uma sensibilidade preta”, destacou o texto do Júri Oficial.
Os curtas Egum, que teve como assistente de câmera o aluno da AIC Hugo Lima, e Perifericu, que teve a aluna Evelyn Santos como diretora de som, também foram premiados na Mostra Tiradentes.
Na Mostra Foco, o Júri escolheu “Egum” (RJ), “na proposta de abordar a questão racial em sua dimensão sensível, encontramos um filme que se posiciona no âmbito do cinema de gênero, em busca de formas para as sensações de terror e desespero que com frequência atravessam o cotidiano dos corpos negros no Brasil”.
O Prêmio Canal Brasil de Curtas, que oferece R$ 15 mil a um curta também da Foco, foi para “Perifericu”, que retrata o cotidiano de um grupo de amigas LGBT no Capão Redondo, bairro de periferia em São Paulo.