Professora AIC é diretora e preparadora de elenco em série da HBO Max
A professora do curso Técnico em Atuação para Cinema e TV (TAC), Sabrina Greve, assume uma dupla função na nova série Além do Guarda Roupa, transmitida pela HBO Max. Atuando como diretora e preparadora de elenco, Sabrina é uma das profissionais por trás da produção que tem como objetivo entrelaçar a cultura brasileira com a linguagem dos k-dramas coreanos.
Além do Guarda Roupa acompanha a história de Carol (Sharon Cho), uma adolescente com descendência sul-coreana. Embora nascida e criada em São Paulo, sua relação com suas origens asiáticas é conflituosa devido à perda precoce da mãe e ao abandono paterno. Mesmo o K-pop, fenômeno global em ascensão no Brasil, é rejeitado por Carol.
Sabrina foi responsável pela condução de workshops para a escolha da protagonista, além de cuidar da formação artística de Sharon Cho, já que este é seu primeiro trabalho no audiovisual. No processo de seleção da atriz, a professora convidou Julia Cortez, uma ex-aluna da AIC, para auxiliar no treinamento das candidatas.
Além da preparação de atores, Sabrina também dirigiu três episódios (2, 5 e 9). “Durante as filmagens no set, o trabalho de coach continuou nos episódios em que dirigi, ensinando concentração, monólogo interior, sustentação do arco dramático e como jogar com a câmera, trabalhando com frescor durante as repetições”, comentou Greve.
Inclusão no Audiovisual
O desejo da produtora Geórgia Costa vai além do intercâmbio cultural entre Brasil e Coreia do Sul, ela visa uma maior inclusão de atores amarelos no panorama audiovisual brasileiro.
Uma das características culturais coreanas presentes na série é a dança. “Outro fator apaixonante da série eram as sequências de dança, tanto de balé clássico quanto de Kpop. Isso exigiu também um estudo aprofundado de planos, dançar também com a câmera e um olhar atento para enquadrar a beleza dos movimentos. Eu amo dança, então foi um quebra-cabeça muito divertido de executar”, contou Sabrina.
Fusão de Linguagem Audiovisual
A série emerge como uma harmoniosa fusão entre duas culturas audiovisuais distintas. Os k-dramas coreanos oferecem códigos de linguagem ricos e detalhados. Sabrina Greve, juntamente com sua equipe, empreendeu uma jornada para decifrar esses códigos, explorando desde a delicadeza dos romances até a linguagem visual sutil, incluindo elementos como o uso do slow motion narrativo e planos detalhados que revelam toques sutis entre personagens.
“O desafio não se limitava à imitação, mas também à inserção de um toque brasileiro nessa linguagem. A chave estava em incorporar o humor brasileiro, com um tom mais ingênuo, alinhado à estética de alguns k-dramas”, explicou Greve.