Professor e Alunos AIC em exposição no Centro Cultural de São Paulo
O professor de Roteiro da Academia Internacional de Cinema (AIC), Roney Freitas, é o produtor da exposição fotográfica “Guardiãs Xondaria Kuery” no Centro Cultural de São Paulo. O evento contará com uma exibição especial do filme Minha Câmera é Minha Flecha, dirigido por Natalia Tupi e produzido por ex-alunos do curso cinema da AIC. A sessão do filme será gratuita e ocorrerá no dia 30 de agosto, às 19h, como parte da programação “Vergueiro ao Ar Livre”.
Exposição “Guardiãs Xondaria Kuery”
Com produção de Roney Freitas pela Art in Vitro Filmes e curadoria de Richard Wera Mirim, a exposição “Guardiãs Xondaria Kuery” celebra os jogos de futebol do povo Guarani Mbya na Terra Indígena do Jaraguá, com ênfase nos torneios femininos. As fotografias expostas destacam a presença feminina nas aldeias, e o esporte e a arte como formas de resistência e afirmação cultural. A exposição evidencia a relação do futebol com o território indígena, simbolizando alegria e resiliência.
Além disso, a exposição explora a importância dos rituais na cultura Guarani Mbya, apresentando uma sessão de fotos do ritual do ka’a (erva-mate), capturadas durante o Ara Pyau, que marca o início de um novo ciclo. As imagens mostram a preparação das roças e a cerimônia coletiva de preparo da erva, realizada em um batismo de fumaça com o petynguá (cachimbo sagrado). Este ritual é acompanhado de cantos e rezas, fortalecendo o espírito dos participantes.
Filme “Minha Câmera é Minha Flecha”
O filme “Minha Câmera é Minha Flecha”, dirigido por Natália Tupi, foi desenvolvido durante o curso livre de cinema da AIC, com a colaboração dos ex-alunos Guilherme Fascina, Fernando Beda, Karen Zuno e Alice Souza. A obra será exibida na sexta-feira, 30 de agosto, às 19h, na sessão “Vergueiro ao Ar Livre”.
“Este projeto é fundamental não apenas para mim, mas para todos nós, indígenas, que usamos nossa câmera como nossa flecha. Lutamos junto aos nossos parentes pelos nossos direitos e por um futuro melhor” comenta Natália.
Sinopse
Richard Wera Mirim é um jovem comunicador indígena do povo Guarani Mbya, residente na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. O filme retrata sua trajetória e a força do audiovisual e das redes sociais na luta e resistência indígena. “Minha Câmera é Minha Flecha” usa a câmera como uma ferramenta poderosa para documentar e representar a cultura, os conhecimentos e os territórios dos povos originários, reforçando o direito de existir e de se fazer ouvir.