Gui e André, que hoje trabalham juntos na Locomotiva Filmes, ressaltaram as vantagens de fazer filmes quando se está no meio acadêmico. Falaram também da importância de investir nos curtas feitos como projeto final “esses filmes são nosso cartão de visita, são eles que abrem muitas portas”, conta Gui Ashcar. E, finalizaram contando sobre suas inspirações, referências, os detalhes das produções, os prêmios que já conquistaram e do tanto que trabalharam para atingir os melhores resultados. “É um pouco de luxo achar que você vai conseguir tudo o que quer para gravar uma cena. Você trabalha com o que você tem. Filma na estrada que conseguiu e dentro da realidade tenta achar os melhores ângulos, tenta tirar o melhor daquela estrada”, finaliza.
A segunda parte do evento contou com a palestra do pesquisador argentino Roque González, que foi consultor no INCAA (Aincine da Argentina) e na Fundación del Nuevo Cine Latinoamericano e hoje é consultor da Unesco.
González falou sobre indústria cultural, mercado de cinema, dificuldades de exibição nas grandes salas e altos custos das produções. Forneceu um panorama supercompleto sobre a evolução da produção de filmes por país da América Latina, mostrando o crescente número de filmes produzidos. Revelou, por exemplo, que Brasil e Argentina juntos lançam cerca de 100 filmes todo ano e que o México conta com 5 mil salas de cinema, contra 2,5 mil no Brasil e 900 salas na Argentina.
*Fotos Alessandra Haro