“Mataram Meu Irmão” ganha prêmio de crítica no Festival Sesc

Cristiano Burlan – ex-aluno e professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), recebeu mais um prêmio na última quarta-feira (2) pelo documentário “Mataram Meu Irmão”. Foi eleito pela crítica o melhor documentário nacional no 40º Festival Sesc Melhores Filmes, concorrendo ao lado de outros 365 grandes filmes.

O longa de ficção “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, foi o destaque da noite, com sete estatuetas. Todos os filmes ganhadores entram hoje em cartaz no CineSesc e poderão ser assistidos a preços populares.

Nesta temporada do Festival Melhores Filmes, o público poderá conferir os títulos nacionais: “O Abismo Prateado”, de Karim Aïnouz; “Doméstica”, de Gabriel Mascaro; “Cine Holliúdy”, de Halder Gomes; “Elena”, de Petra Costa; “Educação Sentimental”, de Julio Bressane; “Flores Raras”, de Bruno Barreto; “Faroeste Caboclo”, de René Sampaio; “Hoje”, de Tata Amaral; “Mataram Meu Irmão”, de Cristiano Burlan; “Minha Mãe É Uma Peça”, de André Pellenz; “Olhe pra Mim de Novo”, de Kiko Goifman, Claudia Priscilla; “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho; “São Silvestre”, de Lina Chamie; “Repare Bem”, de Maria de Medeiros; “Uma História de Amor e Fúria”, de Luiz Bolognesi; e “Tatuagem”, de Hilton Lacerda.

*Imagem divulgação. Fonte: Site Festival Sesc Melhores Filmes

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Curso Novo: Formação Livre em Direção de Arte

Novidade no ar. A Academia Internacional de Cinema (AIC) começou o ano com um curso novo e inédito no país, o Curso de FormaçãoCurso-Direcao-de-Arte_Foto-Alessandra-Haro_31 Livre em Direção de Arte. O novo formato, com carga horária extensa (183 horas), trata a direção de arte de forma abrangente e aprofundada, indo da reflexão sobre a linguagem e a narrativa cinematográfica ao domínio da técnica, contemplando as principais áreas que compõe o grande departamento de arte de um filme.

O novo curso surgiu por conta das novas demandas do mercado – pós lei da TV Paga. A intenção é formar profissionais especializados capazes de atender as novas necessidades com agilidade e profissionalismo. O novo formato permitirá que os alunos desenvolvam sua identidade criativa, exercite a prática através de inúmeros exercícios, além de absorver aspectos teóricos ligados a direção de arte por meio de encontros com profissionais do mercado.

A coordenadora e diretora de arte Monica Palazzo. Foto: Gui Mohallem
A coordenadora e diretora de arte Monica Palazzo. Foto: Gui Mohallem

“Não temos registro no Brasil de um curso com esse formato, com esta carga horária e foco principal na direção de arte e em sua aplicação totalmente prática”, conta a Diretora de Arte e coordenadora do Curso e Monica Palazzo.

Ao longo do programa do curso, o aluno desenvolve diversos exercícios, elabora e executa um projeto completo de tema livre e um projeto final de direção de arte para um filme, realizando a filmagem do mesmo.

“A ideia de criar o curso de Formação Livre veio da percepção de que os alunos pedem uma imersão mais completa na área, mas ao mesmo tempo, sem as amarras burocráticas de especializações tradicionais”, conta Franthiesco Ballerini, Coordenador de Cursos da AIC.Direção de Arte

O objetivo principal do curso é fornecer embasamento para a elaboração do projeto de direção de arte audiovisual, com foco na construção de um processo criativo que alia conhecimento técnico e reflexão crítica, dando ao aluno as ferramentas para que possa transitar com segurança entre os diversos suportes e formatos audiovisuais. Para que seja capaz de traçar objetivos condizentes com a estrutura de produção, e de coordenar uma equipe afinada para a criação de um projeto coerente e bem realizado em termos estéticos, plásticos e orçamentários. E em sintonia com sua própria individualidade artística.

Quer saber mais sobre o curso? Clique aqui.

Fotos: Alessandra Haro e Gui Mohallem

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Cinema e Futebol – “Bugrinos” estreia em Campinas

Os amantes de cinema e futebol já tem compromisso marcado nos dias 04 e 05 de abril. O filme “Bugrinos“, do professor Samir Cheidaque leciona edição e montagem na Academia Internacional de Cinema (AIC), estreia no cinema em Campinas e começa a ser vendido em DVD. O longa, fruto da paixão pelo clube Guarani Futebol Clube, aborda diversos episódios do time e relata passagens de jogadores em momentos decisivos na trajetória do time campineiro.

As sessões acontecerão no auditório do Memorial do Guarani, no dia 04 às 19h e no dia 05 às 17h. Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados com uma hora de antecedência. Já o DVD será vendido na loja física e virtual do Guarani, com entrega em todo Brasil.

O documentário, que também conta com a participação do professor Cláudio Gonçalves,  reúne depoimentos de quem participou dos grandes momentos do time e do clube nos últimos 100 anos e recupera episódios relevantes, como a ascensão do clube à primeira divisão do futebol paulista em 1950, o trabalho do técnico Carlos Alberto Silva para levar o time ao campeonato brasileiro, o protagonismo das torcidas e a participação de craques na construção da história do time.

Através de um extenso trabalho de pesquisa e de produção, “Bugrinos” combina a cinematografia digital em alta definição captada por câmeras de última geração com imagens garimpadas em arquivos de emissoras de televisão do País. Segundo Samir, o documentário exigiu uma edição cuidadosa, que procurou encaixar cada informação visual numa narrativa ritmada e rica em detalhes sobre os personagens selecionados.

Confira o Trailer

Ficha técnica:

“Bugrinos, O Filme do Guarani Futebol Clube”
Direção: Samir Cheida
Roteiro e montagem: Samir Cheida e Cláudio Gonçalves
Produção: Buzina Filmes e Quintessencia Comunicação
Patrocínio: FICC – Fundo de Investimentos Culturais de Campinas

Exibições:

Memorial do Guarani Futebol Clube
Avenida Imperatriz Dona Teresa Cristina, 11 – Jd. Guarani, Campinas
Dias: 04/05 às 19h; 05/05 às 17h.

 

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Interpretação e Direção de Cinema

Como o ator traz a emoção para uma cena rodeada por aparatos técnicos, câmeras e iluminação de cinema? O cineasta sueco Ingmar

ingmar bergman
Ingmar Bergman – o diretor que ficou conhecido por penetrar na alma dos personagens.

Bergman, autor de algumas das obras mais valiosas do cinema, ficou conhecido pela forma como dirigia os atores em seus filmes. Como conseguia aproximar a câmera do ator e arrancar seus sentimentos, fazendo com que sua lente captasse todo o drama da cena. Inácio Araujo, crítico da Folha, escreveu em um artigo: “Talvez Bergman tenha sido mesmo ‘o cineasta do instante’, como definiu Godard em 1958: era o pensamento que ocorria mesmo que longinquamente a um determinado rosto que sua câmera levava ao espectador. Não penetrava na psique dos personagens. Penetrava na alma, de certa forma, mas sabia que só poderia fazê-lo por meio de seus corpos”.

Fórmulas prontas não existem, e cada diretor tem a sua forma de dirigir atores. No Brasil, é muito popular, inclusive, a figura do preparador de elenco. Em todas as abordagens, ainda que diferentes, uma coisa é certa: o ator tem que estar preparado para entrar no set, e o diretor, para guiá-lo e extrair o melhor da sua performance.

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Diferenças entre Interpretação de Cinema e Teatro

No teatro existe o palco, a relação frontal com o público, um único plano, a entonação e impostação da voz que deve se propagar pelo teatro, o espaço cênico é maior e mais livre, os movimentos mais exagerados etc. Já no cinema não existe uma linearidade narrativa durante as gravações, as cenas são gravadas separadamente e em locações diferentes, a voz e os movimentos do ator são mais naturais, o ator precisa atuar para a câmera, com o diretor ao lado e as cenas podem ser cortadas e editadas.

Henrique Zanoni
O ator e professor Henrique Zanoni em cena do filme “Amador”, do diretor Cristiano Burlan / Foto: Divulgação

As diferenças são muitas e para alterar entre um tipo de interpretação e outro é preciso conhecimento e prática, segundo o ator e professor do curso de Interpretação para CinemaHenrique Zanoni é preciso saber lidar com as diferenças de linguagem. “Hoje em dia não é tão complicado para um ator trabalhar em uma webserie, num curta ou mesmo no meio publicitário. Ou seja, precisamos ajustar nosso ferramental (corpo, voz etc) para nos expressarmos nos diferentes meios. Claro que isso envolve técnicas diferentes, mas também, creio que o ato criativo, seja na linguagem que for, passa necessariamente por algumas coisas: sensibilidade, imaginação, inteligência etc”.

A preparadora de elenco Fátima Toledo, que já orientou centenas de atores e não-atores de grandes filmes nacionais, entre eles “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite” diz que para fugir das caricaturas e do senso-comum é preciso descontruir a falsidade, o estereótipo. “O cinema não é texto, é subtexto. É o que não é dito. O ator precisa viver a situação. Não existe fórmula, o que existe é paixão e entrega”, diz.

Como “encarnar” o personagem

Em um dos trechos de Hamlet, uma das mais importantes obras de William Shakespeare, ele dá dicas do que considera uma boa

Wagner Moura Tropa de Elite
O ator Wagner Moura que trabalhou com a preparadora de elenco Fátima Toledo para compor o personagem do Capitão Nascimento em Tropa de Elite / Foto: Divulgação

interpretação. Hamlet ensina:

“Tem a bondade de dizer aquele trecho do jeito que eu ensinei, com desembaraço e naturalidade. […] Também não é preciso ser tímido demais; que o bom senso te sirva de guia; acomoda o gesto à palavra e a palavra ao gesto, tendo sempre o cuidado de não ultrapassar a modéstia da natureza, porque o exagero é contrário aos propósitos da arte dramática, cuja finalidade sempre foi, e sempre será, a de representar um espelho à vida, mostrar à virtude suas próprias feições, ao vício sua imagem e a cada idade e geração sua fisionomia e característica.”

Para o ator Henrique Zanoni, não há fórmulas prontas para o ator: “Depende do filme, depende do papel, depende do diretor, depende da estrutura de produção etc. A nós atores, nos resta ‘apenas’ desenvolver nossa máquina. Independentemente do papel, sempre precisamos estar trabalhando nossa voz, nosso corpo, nossa sensibilidade, nossa Inteligência etc.”

O papel do Diretor em relação ao ator

O diretor é o grande maestro de uma obra audiovisual. A ele compete todo o conceito artístico do filme, além de selecionar, ensaiar e dirigir os atores e de coordenar toda a equipe técnica, como o diretor de arte, o diretor de fotografia, o responsável pelo som, o produtor, o figurinista, o cenógrafo, entre tantas outras funções.

A cineasta Lina Chamie e o ator Fernando Alves Pinto em gravação do documentário "São Silvestre" / foto: Edu Tarran
A cineasta Lina Chamie e o ator Fernando Alves Pinto em gravação do documentário “São Silvestre” / foto: Edu Tarran

É no seu relacionamento com o ator que um filme realmente encontra seu centro. Para a cineasta Lina Chamie, o ator e diretor precisam trabalhar juntos em cada fase do processo e revela como ela faz: “Começamos sempre lendo juntos o roteiro. Falo o que eu penso e ouço o que o ator pensa. É um processo de troca, de comunhão de emoção, a matéria prima de qualquer filme é o ator. Esse processo conjunto exige confiança mutua, já que muitas vezes é um processo de abertura íntima do ator, de desnudamento de ambos. Esse entendimento entre duas pessoas, com suas visões de mundo, as troca de ideia, de sentimentos e percepções é que torna possível criar um personagem e fazer um filme. Acredito muito na troca. O diretor guia o trabalho mas ele precisa se munir da sensação de todos”, conta.

O preparador de elenco

O coach ou preparador de elenco é um profissional cada vez mais presente nas produções nacionais. O trabalho dele acontece durante os ensaios e consiste, basicamente, em munir emocionalmente os atores e ajudá-los a construir o personagem.

Fátima Toledo
A preparadora de elenco Fátima Toledo acredita que “O cinema não é texto, é subtexto. É o que não é dito. O ator precisa viver a situação” / Foto de Caio Gallucci

Em 2012, durante a Mostra de Tiradentes, os preparadores foram criticados. Na ocasião, Selton Mello disse: “dá pra contar nos dedos da mão os cineastas que sabem dirigir um ator no Brasil. Daí a demanda por preparadores de elenco. Os interpretes são a alma do trabalho e o diretor deve lidar com eles diretamente”, criticou durante um discurso que fez na Mostra.

Em contrapartida, a preparadora de elenco Fátima Toledo diz que o preparador não compete nem exerce a função do diretor e sim colabora com o projeto como qualquer outro profissional da equipe. “O conceito do projeto é do diretor. Nós, preparadores, estamos a serviço dele. Ser contra o nosso trabalho é falta de conhecimento do que efetivamente fazemos. Eu faço a ponte entre o ator e o diretor, dou ferramentas para aproximar o ator da realidade do personagem e se movimentar livremente dentro desse universo e durante a gravação saio de cena e o diretor entra, dirigindo o ator. A única diferença é que o ator com preparação fica mais livre, mais solto e tem mais material para trabalhar”.

O assunto é controverso, mas o que importa mesmo, é que o ator dê vida ao seu personagem no cinema, integrado ao projeto cinematográfico do diretor e de toda a sua equipe. Cada pedaço tem de se encaixar, cada membro da equipe tem de fazer o seu papel – e o papel do ator é dar um rosto, um corpo e um alma para o filme.

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Aula aberta com Lina Chamie

Lina Chamie – uma das cineastas brasileiras mais importantes da atualidade. Foto: Aline Arruda

No próximo dia 20 de março, a diretora Lina Chamie, que acaba de lançar seu último filme “São Silvestre”, estará na Academia Internacional de Cinema (AIC) para aula aberta e gratuita do curso de História do Cinema Mundial, que acontece das 09h às 12h.

Lina promete contar um pouco sobre a importância da história do cinema para quem pretende trabalhar na área. “Conhecer a fundo o cinema mudou o próprio cinema e o revolucionou ao longo do século 20, conta Franthiesco Ballerini, coordenador e professor do curso. “A ideia é aliar os conhecimentos históricos da diretora para mostrar como eles podem ser aplicados em filmes contemporâneos. É uma aula aberta até para quem tem pouco repertório na área, mas quer entender como é possível a teoria e a prática andarem de mãos dadas”, conta.

A diretora

Lina Chamie está com dois filmes percorrendo festivais, o longa de ficção “Os Amigos” e o documentário “São Silvestre”, lançado no

Lina dirigindo o ator e amigo Marco Ricca, em "Os Amigos".
Lina dirigindo o ator e amigo Marco Ricca, em “Os Amigos”.

final do ano passado. Lina trabalhou mais de 10 anos no departamento de cinema da New York University, em Nova Iorque, onde se graduou e obteve seu mestrado. Lina também roteirizou e dirigiu: “Tônica Dominante” (2001) que lhe rendeu, entre outros prêmios, o Kodak Vision Award/WIF, em Los Angeles, e o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 2001; “A Via Láctea” (2007), que teve sua estreia mundial na Seleção Oficial no Festival de CANNES, Prêmio “Casa de América”, Madrid/Espanha, com participação em mais de 80 festivais pelo mundo, inúmeros prêmios e reconhecimento da crítica nacional e internacional; “Santos 100 Anos de Futebol Arte” (2012), filme oficial do centenário do Santos F. C..

O Curso de História do Cinema Mundial

O curso que tem início no próximo dia 18 abrange linguagem, estética e história do cinema, trazendo um panorama aprofundado sobre os grandes acontecimentos da história do cinema nos principais países do mundo. Além da história, o curso tem como objetivo treinar o olhar do aluno para entender os códigos e técnicas do cinema-arte, por meio da contextualização histórica do cinema, suas principais correntes, aliado a trechos de filmes e estudo dos grandes diretores. Para saber mais sobre o curso clique aqui.

SERVIÇO:

Dia 20 de março de 2014, das 09h às 12h.
Na AIC – Rua Dr. Gabriel dos Santos, 142.

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Veronica Stigger, coordenadora de Criação Literária da AIC, ganha prêmio da Biblioteca Nacional

Opisanie świataA escritora e coordenadora da Academia Internacional de Cinema (AIC), Veronica Stigger, ganhou o prêmio Machado de Assis, na categoria de Melhor Romance, da Biblioteca Nacional. “Opisanie świata” (Cosac Naify) é o romance de estreia da professora de Criação Literária, após três livros de contos, um livro mix de gêneros, e um livro infantil.

“Fiquei muito feliz com o prêmio Machado de Assis, ainda mais que o resultado foi anunciado alguns dias depois de a exposição “Maria Martins: metamorfoses”, curada por mim, ter sido agraciada com o Grande Prêmio da Crítica da APCA. Dois prêmios em um semana. Está bom, não?”, comenta Veronica sobre a premiação.

O livro é uma espécie de relato de viagens ambientado nos anos 30. A história central é a de Opalka, um polonês de cerca de sessenta anos que, em sua terra natal, recebe uma carta por meio da qual descobre que tem um filho no Brasil – mais especificamente, na Amazônia −, internado num hospital em estado grave. O pai decide viajar ao encontro do filho; no início do percurso, conhece Bopp, um turista brasileiro que, ao tomar conhecimento das razões da viagem de Opalka, resolve abandonar seu giro pela Europa para acompanhá-lo ao Brasil.

Narrativa Cinematográfica

O livro, que segundo os críticos, tem um “ar de cinema”, por conta de sua narrativa que lembra um road movie e um projeto gráfico veronica-stiggervibrante, tomou forma enquanto a autora a escrevia. “Para mim, a história e a forma não são coisas separadas. O “Opisanie świata” tem várias linhas narrativas e eu queria que houvesse uma diferenciação gráfica que deixasse claras essas linhas, mas sem que se recorresse aos tradicionais itálicos ou negritos. Por isso, as cartas, os fragmentos de diário e os outros textos curtos − aqueles que imaginei terem sido recolhidos ou pelo menos lidos por Opalka durante a viagem − aparecem sobre um fundo azul clarinho. A narrativa em terceira pessoa está sobre um fundo claro. E os tercetos, que falam ao viajante europeu o que eles devem esperar da América Latina, se acham sobre um fundo azul escuro. O ar de cinema está nas primeiras páginas do livro. Imaginei a abertura da história como a abertura de um filme. Assim, depois das imagens da Polônia, as cartas são os primeiros textos que aparecem, como uma espécie de cena antes dos “créditos” (o título do livro e minha assinatura em duas páginas). Só depois disso é que vêm as epígrafes, a dedicatória, os capítulos”, conta Veronica.

O Curso de Criação Literária da AIC

Toda narrativa de ficção – todo conto, todo romance – se constitui a partir de alguns elementos fundamentais: narradores e pontos de vista, personagens, diálogos, descrições de pessoas, de objetos, de ambientes. O objetivo do curso de Criação Literária é fornecer aos alunos, a partir de exercícios de escrita e do estudo de autores clássicos e contemporâneos, o conhecimento básico acerca de cada um desses elementos. “O curso de Criação Literária é dirigido tanto àqueles que estão começando a escrever quanto aos que já vêm escrevendo há algum tempo. Cada oficina é voltada para um dos elementos fundamentais da narrativa, seja ela conto ou romance: ponto de vista/narrador, personagem, diálogo, descrição. A ideia é exercitar esses elementos a partir da leitura e discussão de textos exemplares. Além disso, oferecemos um seminário transversal que aborda os principais gêneros literários”, conta. Para saber mais sobre o curso, clique aqui.

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