Academia Internacional de Cinema (AIC)

Live com Lucia Murat

A diretora Lucia Murat vai bater um papo virtual com o professor e crítico de cinema Filippo Pitanga na próximo terça-feira, dia 3 de agosto, às 19h. A cineasta vai falar sobre o longa Ana. Sem Título, lançado no final de julho.  A programação é gratuita e a transmissão será feita AO VIVO, no Canal do YouTube da AIC.

Segundo Lúcia, “Ana” pode ser chamado de um drama, em que se mistura ficção e realidade. O filme parte do conceito expresso por Virginia Woolf em seu livro “Um teto todo seu”, de que a ficção pode conter mais verdade do que os fatos.

 SINOPSE

Stela, uma jovem atriz brasileira, decide fazer um trabalho sobre as cartas trocadas entre artistas plásticas latino-americanas nos anos 70 e 80. Viaja para Cuba, México, Argentina e Chile à procura de seus trabalhos e de depoimentos sobre a realidade que elas viveram durante as ditaduras que a maior parte desses países enfrentaram na época. Em meio à investigação, Stela descobre a existência de Ana, uma jovem brasileira que fez parte desse mundo, mas desapareceu. Em 1968, Ana foi do sul do Brasil, de uma pequena cidade do interior, para a efervescente Buenos Aires, que vivia um momento de mudança nas artes plásticas e no comportamento. Obcecada pela personagem, Stela resolve encontrá-la e descobrir o que aconteceu com ela.

O filme é livremente inspirado na peça Há mais futuro que passado.

A DIRETORA

Carioca nascida em 1948, estudou economia e se envolveu com o movimento estudantil. Com a decretação do AI-5 em dezembro de 1968, entrou para o grupo MR-8. Presa em 1971, foi torturada e encarcerada por três anos e meio. Seu primeiro longa-metragem, o docudrama Que bom te ver viva (1988), estreou internacionalmente no Festival de Toronto e revelou uma cineasta dedicada a temas políticos e femininos. Nele, depoimentos de mulheres torturadas durante a ditadura militar se intercalam com cenas ficcionais protagonizadas por Irene Ravache. Entre muitos prêmios, o longa foi escolhido melhor filme do júri oficial, do júri popular e da crítica no Festival de Brasília de 1989. Já recebeu o prêmio de direção no Festival do Rio em dois momentos: Quase dois irmãos e Praça Paris. Seu último filme é o roda-movie “Ana. Sem Título”.

FILMOGRAFIA 

Diretora e roteirista

 

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