Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, destacamos 13 filmes imperdíveis dirigidos por cineastas, como Agnès Varda , Lucrecia Martel, Ana Carolina, entre outras grandes diretoras . A curadoria foi feita pelo professor da Academia Internacional de Cinema (AIC) e crítico de cinema Filippo Pitanga.
A AIC também organizou uma palestra sobre Mulheres no Audiovisual: realidade e desafios, com a participação das diretoras Ana Johann , Karen Suzane, Evelyn Santos e Camila Cattai, no dia 9 de março, às 19h30, no Canal do YouTube da AIC.
13 Filmes Imperdíveis
1. Crepúsculo de Sangrento, de Dorothy Arzner (1943)
Filme de guerra dirigido por uma cineasta mulher e com protagonismo feminino.
Sinopse: Nicole Larsen é detestada por seus conterrâneos porque suspeitam que ela esteja colaborando com os alemães ocupantes. Na realidade, ela está trabalhando para o submundo norueguês, arriscando sua vida passando segredos para os combatentes da resistência.
2. Laços de Sangue, de Ida Lupino (1951)
Sinopse: Prodígio do tênis, a jovem Florence Farley se vê dividida entre seu grande amor ou seguir carreira e assim agradar sua mãe ambiciosa.
3. As Pequenas Margaridas, de Vera Chytilová (1966)
Sinopse: Duas ousadas adolescentes, ambas de nome Marie (Ivana Karbanová e Jitka Cerhová), reconhecem o caos em que se encontra o mundo e decidem colocar em prática uma série de travessuras de apelo destrutivo.
4. Mar de Rosas, de Ana Carolina (1977)
Sinopse: Estrelado por Cristina Pereira, Norma Bengell, Hugo Carvana e Otávio Augusto, é a história de uma mulher que, após assassinar o marido, foge com a filha e acaba entrando em um tenso e delirante jogo de manipulação, refletido na narrativa não-linear que conta com elementos surreais.
5. Os Anos de Chumbo, de Margarethe Von Trotta (1981)
Sinopse: Juliane (Jutta Lampe) e Marianne (Barbara Sukowa) são filhas de um pastor protestante, elas se afastam da severidade religiosa de seus pais para lutar pelos direitos das mulheres. Enquanto Juliane se torna uma jornalista engajada, sua irmã faz parte de uma organização terrorista. Quando Marianne é presa, Juliane decide ajudar a irmã, apesar das diferentes opiniões sobre como viver.
6. Os Renegados, de Agnès Varda (1985)
Sinopse: É inverno no sul da França e o corpo de uma jovem é encontrado em um fosso. Mona (Sandrine Bonnaire) era uma andarilha e passou seus últimos dias andando pelas estradas francesas. Aqueles com quem Mona cruzou, conheceu ou conversou são os que contam quem ela era e o que aconteceu.
7. Um Anjo em Minha Mesa, de Jane Campion (1990)
Sinopse: Coorajosa biografia da escritora Janet Frame que enfrentou um equivocado diagnóstico e internação por esquizofrenia até o seu reconhecimento e sucesso mundial.
8. Carta de Uma Cerejeira Amarela em Flor, de Naomi Kawase (2003)
Sinopse: No outono de 2001, Naomi Kawase recebeu um telefonema de Nishii Kazuo, um editor e crítico de fotografia: “Eu tenho menos de 2 meses de vida. Você me filmaria até meu último suspiro? Conto com você, Kawase”.
9. A Mulher sem Cabeça, de Lucrecia Martel (2007)
Sinopse: Em um momento de distração, uma mulher com seu carro bate contra algo. Depois de alguns dias, ela conta ao marido que atropelou alguém na estrada. Juntos, eles viajam pelo caminho onde encontram um animal morto. Na região não há notícias de qualquer acidente.Tudo volta ao normal e os maus momentos parecem ter sido superados. Entretanto, a notícia de uma descoberta macabra preocupa novamente a todos.
10. Persépolis, de Marjane Satrapi (2008)
Para Pitanga, é a maior obra-prima da animação contemporânea na história autobiográfica da juventude da diretora, que estudou na Europa e voltou para o Irã pós revolução.
Sinopse: Marjane Satrapi (Gabrielle Lopes) é uma garota iraniana de 8 anos, que sonha em se tornar uma profetisa para poder salvar o mundo. Querida pelos pais e adorada pela avó, Marjane acompanha os acontecimentos que levam à queda do xá em seu país, juntamente com seu regime brutal. Tem início a nova República Islâmica, que controla como as pessoas devem se vestir e agir. Isto faz com que Marjane seja obrigada a usar véu, o que a incentiva a se tornar uma revolucionária.
11. 35 Doses de Rum , de Claire Denis (2008)
Sinopse: viúvo Lionel (Alex Descas) vive num complexo habitacional com sua filha, Josephine (Mati Diop), com quem tem fortes laços por tê-la criado sozinho. Enquanto Lionel atrai a atenção de uma mulher de meia-idade, um taxista que começa a rodar pelo bairro flerta com Josephine e eles passam a sair. Quando o namorado de Josephine aceita um trabalho no exterior e se muda, deixando a moça balançada, Lionel percebe que a filha está ficando independente e que talvez seja hora deles confrontarem seus passados.
12. Pariah, de Dee Rees (2011)
Sinopse: O filme conta o drama da adolescente Alike. Enquanto amadurece, ela tem que decidir se deve expressar sua sexualidade abertamente ou viver de acordo com os planos que seus pais têm para ela.
13. Na Escuridão, de Agnieszka Holland (2012)
Sinopse: reimaginação do clássico Kanal de Andrzej Wajda, que foi professor da diretora, com forte protagonismo feminino, numa história de refugiados judeus nos túneis subterrâneos da cidade na Polônia ocupada por Nazistas.