Filmworks Film Festival 2023 | Premiação e Vencedores
Em sua 12ª. edição, o Filmworks Film Festival, festival de curtas-metragens produzidos por alunas e alunos da Academia Internacional de Cinema (AIC), exibiu 49 filmes ao longo de 7 sessões que acontecerem neste último sábado (23) no Museu de Imagem e Som (MIS), instituição parceira da AIC.
Os vencedores foram escolhidos pelos jurados Bebeto Abrantes, Carla Böhler, Cristiano Burlan, Daniela Broitman, Marcio Blanco, Mônica Wojciechowski e Steven Richter.
Filmes e Convidados
A coordenadora Vanessa Prieto e o professor Antonio Vanfill comandaram a apresentação na noite da premiação. A sala de cinema lotada contou com a presença de alunas, alunos, familiares, amigos, professores e representantes de empresas parceiras, apoiadoras do festival.
Além do troféu Oaloo, os vencedores ganharam diversos prêmios que contribuem com a formação dos estudantes enquanto realizadores audiovisual. Os prêmios foram oferecidos pela Gullane, Link Digital, MUBI, NayMovie, Rafael Peixoto Fotografia, Acervo Utimura e Sonidos del Trópicos.
Segundo o júri e os professores, os filmes apresentados na 12ª edição do FWFF formaram uma seleção abrangente em termos de temática e de linguagem. “Celebrar nossos estudantes e os filmes produzidos na escola é muito gratificante. Ver os olhares aguçados e as mentes criativas de nossos alunos e alunas, explícitos em curtas com temas urgentes, prova o compromisso de nossa juventude em enfrentar os desafios de nosso tempo, em promover a reflexão e buscar soluções”, diz a coordenadora Vanessa Prieto.
Conheça Os Vencedores
Prêmio New Vision
Rúbia
A categoria Melhor Curta New Vision é voltado para o filme que se destacou pela inventividade e uso da linguagem na realização dos primeiros filmes de alunos que estão no módulo I do Filmworks – o Curso Técnico com ênfase em Direção Cinematográfica da AIC.
O curta vencedor, da aluna Mariana Rosha, conta a história de Rubia, uma jovem stripper que acessa seu passado sombrio toda vez que entra em contato com a cor verde. Ela sofre de convulsões das quais não consegue se lembrar, de gatilhos que não consegue controlar.
Prêmio Cinema Livre
A Casa de Deus
o Melhor Curta Livre é uma categoria a que concorre apenas os filmes realizados no Curso Livre de Cinema.
O filme vitorioso da noite é do aluno Paulo Triptelli e conta a história de Deus, representado por uma mulher negra transexual, que acolhe almas em sua casa e responde com serenidade às perguntas dos recém-chegados.
Melhor Documentário
Mama – Africanos em São Paulo
O filme que se destacou na categoria de documentário, do aluno Rafael Aquino, conta a trajetória da senegalesa Diamu Fallow Diop, popularmente conhecida como Mama África, permite atualizar e ampliar nossa visão sobre os fluxos migratórios na cidade de São Paulo.
Melhor Direção de arte
Lázara
O prêmio de Melhor Direção de arte foi para as alunas Eloisa Torrão e Beatriz L. Souza. o filme Lázara fala sobre envelhecimento. Quando faltam perspectiva e ilusão, a solidão da velhice corrói, dia após dia, a noção de tempo, de espaço e, sobretudo, de quem você ainda é ou pode ser. É assim que Lázara vê o seu mundo. No triunfo dos seus 80 anos, a senhora, que guarda um segredo amoroso com o companheiro de vida mesmo após a sua partida, encontra-se completamente sozinha e pouco feliz com o seu dia a dia.
Melhor Som e Melhor Edição
Repetidor
Raissa Teixeira recebeu o prêmio de melhor som e Felipe Ferreira prêmio de melhor edição, ambos pelo filme Repetidor.
Em uma São Paulo futurista distópica, um jovem de 20 anos rouba um novo dispositivo tecnológico, que o transporta para um mundo paralelo virtual. Sem perceber, o jovem se envolve na trama do dispositivo, e já não consegue mais distinguir o que é real ou não.
Melhor Fotografia
Barata
Lucas Lyrio recebeu o prêmio de Melhor Direção de Fotografia pelo filme Barata. A narrativa gira em torno da invasão de uma barata no apartamento de Ingrid, o que desencadeia no rompimento do seu noivado. Assombrada por terríveis alucinações, Ingrid entra numa espiral de dúvidas e tem dificuldade em distinguir o que é real e o que não é.
Melhor Atuação
Eu Faço Loucuras Por Você e Serra do Arrimo
Nesta edição do festival o júri escolheu dois vencedores para o prêmio de melhor atuação. A aluna Mauricéia Rocha por Eu Faço Loucuras Por Você e Guilherme Dourado por Serra do Arrimo.
Eu Faço Loucuras por você conta a história de uma locutora de carros de telemensagem que deseja encontrar o amor de sua vida.
Já Serra do Arrimo conta a história da família de José, que em troca de um lar, direciona todos seus esforços na Lavoura de Café do Patrão. José inconformado com a exploração imposta sobre a sua família, questiona novas maneiras de se viver, e inspirado pela figura de um violeiro itinerante descobre seu encanto pela viola caipira que lhe desperta a esperança pela liberdade que sua família nunca viveu.
Melhor Filme, Roteiro e Direção
Serra do Arrimo
O grande vencedor da noite foi o aluno, diretor e roteirista Thiago Fischer por Serra do Arrimo.
Melhor Filme Júri Popular
O Brilho que Ainda Chega
Eleito o Melhor Filme pelos Júri Popular, a aluna e diretora Roberta Forato, foi ovacionada. O curta conta a história Rebeca e Gabriela, que em certa manhã, enquanto brincam no apartamento se deparam com uma mulher sentada na janela do prédio oposto e imediatamente são levados pela mãe para dentro do apartamento e proibidas de sair. Trancadas, confabulam sobre a cena e encaram a descoberta com um misto de medo e coragem, alternando entre o mundo lúdico e o real.
Menção Honrosa
Além dos vencedores, o Júri concedeu menção honrosa para quatro filmes.
- Menção Honrosa Direção para Barata, de Amen Musbah
- Menção Melhor Curta New Vision para Insônia, de Luan Souza Souza
- Menção Honrosa Melhor Documentário para Amazona, de Luciana Barone
- Menção Honrosa de Melhor Atuação Coadjuvante para Rejane Faria por Serra do Arrimo