Rodrigo Ribeiro, ex-aluno do Filmworks, estreia seu novo curta-metragem Cicatriz no Virginia Film Festival no dia 1 de novembro. O filme explora o luto e os sonhos do protagonista, refletindo experiências pessoais do diretor e contando com uma equipe técnica formada por ex-alunos da AIC.
Como você se sente em relação à estreia internacional do seu novo curta-metragem?
Estou muito feliz em estrear o filme em um festival nos Estados Unidos e de ser um dos únicos filmes brasileiros no festival junto com o longa Ainda Estou Aqui do Walter Salles.
A sinopse do curta fala sobre luto e memórias. Como surgiu a ideia para essa história?
O curta-metragem retrata um processo de luto que eu mesmo testemunhei. Após tanto tempo refletindo sobre isso e passando por todas as fases do luto, senti a necessidade de falar sobre esse sentimento difícil e doloroso. Outro destaque do curta-metragem são os sonhos. Usar os sonhos do personagem como uma forma de retratar visualmente o que está acontecendo em seu inconsciente, revelando seus traumas, medos e memórias.
É interessante saber que parte do elenco e da equipe técnica são compostos por ex-alunos da AIC. Como essa experiência na AIC contribuiu para sua carreira?
Durante o processo de criação do filme, a maioria da equipe técnica foi formada por colegas que conheci na AIC, seja da minha turma ou de outros cursos. O protagonista, Guilherme Dourado, também estudou na AIC, e o conheci por meio de projetos de outros alunos. A atriz Teka Romualdo foi convidada por mim devido ao seu trabalho em filmes como Doutor Gama, Colônia e o clipe Flow da Pele, do Kayode. O ator Eduardo Chagas, celebrado por seu trabalho no Teatro Satyros, e Victor Lima foram descobertos através de pesquisas nas redes sociais.
A AIC foi um espaço valioso de aprendizado e amizades. Aprendi muito com os professores e conheci pessoas que estarão presentes na minha vida pessoal e profissional. Espero voltar em breve para fazer mais cursos lá.
Quais as suas expectativas com relação à Cicatriz?
Minha expectativa, como alguém que começou a se interessar bastante por distribuição ainda quando estudava na AIC, sempre foi dar ao meu curta uma trajetória longa de cerca de dois anos. Começando com festivais internacionais para ganhar visibilidade e, depois, entrar nos festivais nacionais.
Acredito que todos nós que fazemos curtas precisamos acreditar no nosso trabalho e, dentro do possível, fazer com que ele seja visto pelo maior número de pessoas. E entender que cada projeto tem seu tempo e suas particularidades quando a questão é passar em festivais pelo brasil e mundo.
Sinopse
Após a morte da mãe, Rafael retorna à casa de sua infância, onde a presença de Silvania ainda permeia o ambiente. Entrelaçando passado, presente e sonhos, ele revive memórias e sentimentos há muito tempo enterrados
Ficha Ténica
Elenco:
- Teka Romualdo
- Guilherme Dourado (ex- aic)
- Eduardo Chagas
- Victor Lima
- Direção: Rodrigo Ribeiro Vieiral (ex- aic)
- Direção de Foto: Matheus Stolf (ex- aic)
- Ass foto: Duda Jordão (ex- aic)
- AD: Ricardo Monteiro (ex- aic)
- produção : Gisele Sartini Guaraldo (ex- aic)
- direção de arte: Lana Mentens (ex- aic)
- ass de arte: Ananda Scaravelli (ex- aic)
- Preparador de elenco/ ass criativo: Wagner Ramos (ex- aic)
- Técnico de som: Caio Graco
- Assistente de Som: Kauê Kioshi Lins Ohnuma
- Colorização Letícia Cruz
- Conceito e Pesquisa de foto: Andrei Romano (ex- aic)