O filme retrata uma oficina ministrada pelo editor Patrick Waterhouse (Fabrica), realizada em São Paulo, com 25 jovens que vivem em condições de vulnerabilidade social. Cada um dos jovens criou uma espécie de Manual de Sobrevivência. Por meio de recortes, colagens e fotografias eles retrataram o que precisam para levar suas vidas, o que podem e o que não podem fazer, os desafios que enfrentam e as maneiras de superá-los. A intenção da oficina foi dar voz aos jovens, para que mostrassem, através da arte, sua luta diária contra as indiferenças sociais. “Eles serem tratados como crianças e crianças que desejam arte, fazer arte em todos os sentidos da palavra, desperta neles – e isso que é o mais importante, o desejo de querer mais isso, querer mais arte. E para querer mais isso, as crianças precisam se propor a não estar mais nas ruas e desejarem estar perto de outras situações mais interessantes”, conta o médico Danny Lescher no filme, que coordena o projeto Quixote.
Fernanda, além de dirigir o filme, testemunhou todas as fases do projeto e conta como foi participar da iniciativa: “Foi incrível traduzir em imagens o que significa, para estas crianças, sobreviver nas ruas. Mas, o mais importante, foi dar a eles a possibilidade de serem ouvidas“.
Alessandro Benetton, presidente da Benetton Group, conclui em seu blog: “este projeto foi, inegavelmente, uma profunda experiência de troca e partilha. A arte é um antídoto contra o medo, dos que são percebidos como diferentes – o que certamente é uma das principais causas da marginalização e do preconceito que afetam estes jovens”.
*Foto divulgação