Druk no último cineclube do semestre
A noite de quinta-feira 08/07 será especial, dia do último cineclube do primeiro semestre da Academia Internacional de Cinema (AIC). Para fechar, o filme Druk: mais uma rodada (2020), vencedor da categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar de 2021 e uma indicação ao Bafta de Melhor Ator para Mads Mikkelsen.
Para enriquecer o bate-papo teremos dois convidados especiais: a atriz e diretora Isadora Ferrite, professora do curso Como Montar uma Self Tape e o diretor Sérgio Audi, professor do curso de Direção de Atores. O bate-papo é comandado pelo coordenador Martin Eikmeier e pelo professor Filippo Pitanga.
A história
O longa de Thomas Vinterberg conta a história de um grupo de quatro amigos, professores entediados com suas realidades, que resolve testar a teoria do psiquiatra Finn Skarderud. Segundo ele, o acréscimo de 0.05% de álcool no sangue seria o segredo para uma vida mais produtiva e alegre. De início os resultados são animadores, porém no decorrer da experiência, eles percebem que as coisas não são tão simples.
A experimento, que vai muito além da bebedeira do grupo, aprofunda-se no tema e fala sobre os efeitos negativos de estar entorpecido para driblar a realidade e a crise de meia-idade.
Filmado depois da morte da filha do diretor, Ida, de 19 anos, que morreu em um acidente de carro.
“O cineasta Guillermo del Toro me perguntou outro dia se foi o filme que me livrou da insanidade. E achei uma maneira muito precisa de definir. ‘Druk’ me afastou da queda livre. Virou um propósito fazer para ela, honrando sua memória”, disse o diretor dinamarquês em entrevista ao Estadão.
Os atores e o Dogma 95
Além de Mads Mikkelsen, o elenco conta com os atores Magnus Millang, Thomas Bo Larsen e Lars Ranthe que dão vida a narrativa. O filme conquistou a Concha de Prata de melhor atuação masculina para seus quatro atores.
Vale lembrar que o diretor é um dos nomes do movimento Dogma 95 ao lado de Lars Von Trier. Juntos, os cineastas criaram o “Manifesto Dogma 95” e o “Voto de Castidade”, estabelecendo algumas regras para o fazer cinematográfico, baseadas em valores tradicionais – como história, atuação e tema, desprezando o uso de efeitos especiais elaborados ou de recursos tecnológicos. Foi uma forma de colocar novamente o poder nas mãos do diretor, como artista, ao invés de simplesmente dar aos estúdios a autonomia sobre a criação dos filmes.
Onde assistir
O filme está disponível no NOW e para alugar ou comprar na Apple TV e no Google Play.
Assista ao filme e participe da discussão na próxima quinta 08/07, às 18h30, no canal do Youtube da escola.
*Foto Rolf Konnow