O filme que acaba de entrar na seleção oficial do San Diego International Kids
Além de Guilherme, o curta também conta com a participação de outro ex-aluno da AIC, Mário Di Poi, que fez a produção executiva do filme.
“O filme está sendo enviado para outros festivais, está rodando por aí e torcemos pra entrar em mais alguns – não nos importamos muito em ganhar festivais (júris são instâncias altamente subjetivas e por vezes até políticas), mas gostamos de entrar nos festivais porque isso significa que o filme será exibido, que outras pessoas terão a chance de assisti-lo e serem tocadas por ele”, conta Guilherme.
Conheça um pouco mais sobre o filme e o diretor na entrevista de Guilherme para Academia Internacional de Cinema.
Estudando Cinema
No começo dos anos 2000, a “Máfia do Pão de Queijo” – uma turma de entusiastas audiovisuais mineiros daqui de Uberaba – já sonhava em viajar para estudar cinema. Éramos seis e cogitamos a possibilidade de irmos para a Vancouver Film School no Canadá ou para a EICTV em Cuba. Até que um de nós, Filipo Carotenuto, descobriu uma tal AIC. O que provou ser a possibilidade de concretização de nosso sonho! O Filipo, então, foi para Curitiba fazer um curso Intensivo de Cinema para conhecer a escola e sentir na pele se era aquilo que procurávamos. Voltou apaixonado. Imediatamente, todos nós começamos a nos preparar para a distante viagem para Curitiba. Foi quando a escola mudou para São Paulo e tudo ficou mais acessível. A ida pra Sampa se mostrou tão convidativa que aí não teve jeito: em 2006, formamos A PRIMEIRA TURMA do FILMWORKS em São Paulo. Foi um ano maravilhoso de muito aprendizado e realizações, e muita gente boa que hoje atua no mercado, saiu dessa nossa turma nossa!
O não-cineasta mineiro
Ai caramba, não gosto de falar de mim! Me considero um operário que agarra no batente junto com uma turma a fim de realizar uma obra. Sempre a serviço da obra! Não me considero artista, cineasta, nenhum desses termos. Sou só um cara que curte demais contar histórias.
Sobre o filme
A nossa ideia era contar a história sob um ponto de vista completamente infantil, mas sem associar infantil com bobinho. Ao invés de vozinhas e jeitinhos de criança buscamos a pureza e a inocência da infância, a poesia e o silêncio – deixando as IMAGENS, AS AÇÕES e OS SONS contarem muito da coisa toda, deixando a audiência somar 2+2 e tirar suas próprias conclusões…
A produção
A Produção levou três meses de pré e três dias de set, sendo o primeiro deles pré-light e as duas diárias seguidas de gravação mesmo – com a última diária estourada em 25h diretas de trabalho. Sim, é errado: não façam isso pessoal! Risos. Estabelecemos como limitação criativa do projeto só usarmos atores locais e não profissionais, bem como o maior número possível de equipe daqui – muito com o intuito de divulgar e fomentar mesmo a realização audiovisual na região. Fizemos o “Encantado” meio que para diminuir nossa ansiedade pré-filmagem do “Supernova” – nosso longa-metragem em produção que, na época, estava em pré. Não esperávamos que o “Encantado” fosse ficar tão legal e nos dar tanto orgulho.
Ficha técnica (resumida)
CAST: Frederico Silveira como o Príncipe Encantado – Júlia Mendonça como A Bela Adormecida – Mirian Angel como a Madrasta – Fabiane Nunes como a Bruxa
CREW: Produção Executiva: Mário Di Poi; Direção de Fotografia: Marcelo Brito; Pós de Som: INPUT Artesonora; Trilhas Originais compostas por Alexandre Guerra; Finalização: ZUMBI post; Ilustrações de Eve Ferreti; Escrito, Dirigido e Montado por Guilherme Tensol.
*Fotos: Divulgação