“My Friend Felá”, documentário sobre o músico nigeriano Fela Kuti, dirigido por Joel Zito Araújo, com fotografia de Cleumo Segond, professor da Academia Internacional de Cinema, participa do Festival Internacional de Cinema de Roterdã, que vai de 23 de janeiro a 3 de fevereiro.
Cleumo conta que desde as primeiras reuniões sobre o filme, o diretor Joelzito Araújo queria uma câmera com movimento. “Nosso filme é de baixo orçamento por isso precisávamos nos adaptar a vontade do diretor e a nossa realidade. A solução foi usar um stedicam (estabilizador) e treinar meu assistente de câmera Luis Gomes, para operar. A câmera que usamos indicada pelo próprio colorista Paulo M. de Andrade e parceiro do filme foi a Blackmagic Cinema, que nos atendia como qualidade de imagem e workflow para esse tipo de trabalho. Optamos em trabalhar em prores (codec) e modo log (gamma) para depois finalizar. Como tinha muitas entrevistas, era o ideal para ter tempo no cartão e para logar em seguida. A estrutura era pequena e tinha que ser ágil! Acho que o mais importante em filmes documentários é essa parceria entre o diretor, o diretor de fotografia e o colorista/ finalizador. O resultado foi muito satisfatório em minha opinião. Assisti no cinema em tela grande e os comentários tem sido muito bons sobre o resultado”, conta.
My Friend Fela é diferente de outros documentários sobre o gênio musical Fela Kuti. Normalmente retratado como um ídolo pop africano vindo do gueto, Fela é raramente apresentado como o grande líder político que foi. Através dos olhos de seu amigo e biógrafo oficial, o intelectual afrocubano Carlos Moore, o documentário busca desvelar a complexidade da vida de Fela. Conforme a história se desenrola, revela as glórias e tragédias que influenciaram as vidas da geração panafricana e do multi-instrumentista.
Confira a agenda do filme no Festival Internacional de Roterdã.