Academia Internacional de Cinema (AIC)

De Chay Suede a Vila Sésamo – o que nossos alunos estão fazendo

Novo clipe do ator Shay Suede - Foto: Divulgação

Junior Machado tem 29 anos, é do Mato Grosso Sul, e está há 10 no Rio. E desde que chegou trabalha na área audiovisual. Para ele, esse ano de 2016 foi bastante prolífico, desde que entrou na Academia Internacional de Cinema (AIC), no curso FilmWorks, já fez Direção de Fotografia da websérie “Desapegadas”, do videoclipe “Ishtar” do cantor Tiago Maviero, com previsão de lançamento para setembro e também do curta-metragem “Ninho do Coelho”, curta esse, que além de fazer a Direção de Fotografia, estreou como Diretor Geral, fazendo uma codireção com Amanda Pickler. E foi 1º Assistente de Fotografia no longa-metragem “Trágica”, Direção de Aída Marques e Fotografia de Flávio Ferreira, com previsão de lançamento para 2017. Hoje, é contratado como Diretor de Cena da produtora Luso-Brasileira “Prato & Pixel”.

Chay Suede e Junior Machado Foto: Divulgação

E de tudo o que realizou, conta que o maior desafio encontrado foi a Direção de Fotografia do novo videoclipe do cantor e ator global Chay Suede, “pois o diretor estreante era o próprio artista, que queria imprimir um conceito de filme caseiro feito em VHS, mas, não apenas usar efeitos digitais e sim gravar com câmeras em fitas VHS da década de 80. Sendo assim, o nosso desafio foi na verdade um estudo de linguagem na contramão do digital que vivemos hoje em dia. Embora o conceito do clipe seja de um filme caseiro, fizemos um trabalho muito arrojado, usamos lasers de última geração  e isso nos exigia muita preparação para entender como essas câmeras iriam reagir a esse setup de luz”.

Como aluno da AIC, Junior comenta que além de ter toda a base teórica para poder enfrentar desafios como a realização do videoclipe, a Academia ainda incentiva o network entre os próprios alunos, “pois inevitavelmente, a conversa e os trabalhos acontecem para além dos muros da AIC”. Além disso, para ele, nada disso teria acontecido se não estivesse na AIC: “o FilmWorks me ajudou a desenvolver vários projetos, inclusive o videoclipe “Chuva de Like”, pois o Chay  e sua Produtora foram procurar a AIC para conhecer alunos que acreditassem na proposta estética do videoclipe, e eu estava lá”.

CINE FANTASY

Preparem-se fãs de fantasia, horror e ficção científica, começa no dia 06 de setembro, a 7ª Edição do CineFantasy, o maior festival de cinema fantástico do Brasil. E a aluna do curso FilmWorks da Academia Internacional de Cinema, do Rio de Janeiro, Isabela Costa teve seu curta “Encontro às Cegas” selecionado. O evento acontece em São Paulo.

Encontro às cegas Foto: Divulgação
CINEMA FANTÁSTICO

O termo “cinema fantástico” é usado para unir os gêneros que têm o real e o irreal em suas histórias, ou seja, horror, ficção científica e fantasia são subgêneros que fazem parte do fantástico.

O FILME

Seu filme conta a história de um vampiro cego, em pleno ano de 2016, que atrai suas vítimas para a sua casa por meio de aplicativos de celular, mas uma surpreendente chegada muda o rumo da noite.

Essa história surgiu em um trabalho feito no exercício denominado “Curta-metragem – ficção 02 – Ficção a partir da observação”, “essa parte da observação fizemos sobre cegos, e a partir daí criei um mundo fantástico, onde criaturas mitológicas vivem na modernidade e como elas lidam com a tecnologia” conta Isabela.

EQUIPE

Além de Isabela que roteirizou, dirigiu e fez a maquiagem, o filme contou com outros alunos da AIC, são eles: Mateus Chernicharo como Produtor, Pedro Fontoura como Diretor de Fotografia, o Daniel M. Moeller, como Diretor de Arte e o Gibrair Filho que fez a captação do som.

É seu primeiro festival e a emoção está à flor da pele, “é o nosso primeiro festival, e estamos muito felizes, ainda mais estando na mostra competitiva, o que nos deixa mais ainda com aquele frio na barriga”, relata uma empolgada Isabela.

FESTIVAL

Essa edição marca a volta do evento depois de um intervalo de 05 anos. Foram mais de 900 filmes entre curtas e longas de todos os cantos do mundo. O festival acontece entre os dias 06 e 11 de setembro no Museu da Imagem e do Som (MIS) e traz, além da Mostra Competitiva com premiação para curtas e longas como melhor filme de fantasia, horror e ficção científica, eventos paralelos, como palestra com Victor Hugo Borges, A Tarde Harry Potter, Festa Mundo Invertido e muito mais. Será uma semana de programação intensa.

Serviço:

Sessão Competitiva de Curtas Estudantis

Data da exibição: 09/09 – 14h

MIS – Museu da Imagem e do Som

Av. Europa, 158 – Jardim Europa, São Paulo, SP

Ingressos: R$6,00 e R$3,00 (meia), vendas no local e na hora.

Programação completa no site do evento: link.

VILA SÉSAMO

Provavelmente, todo mundo já ouviu falar no programa Vila Sésamo, não é mesmo? Exibido nos anos de 1970 fez história na programação infantil da TV Cultura. O programa buscava ensinar de maneira descontraída, lúdica e divertida conhecimentos básicos sobre números, cores, as letras do alfabeto, geometria, etc. às crianças. Porém, era um programa para a família.

A HISTÓRIA

A atração original, Sesame Sreet (Rua Sésamo, na tradução literal) foi criada nos Estados Unidos pela Children’s Television Workshop, atual Sesame Workshop e chegou ao Brasil por meio de Claudio Petraglia (novelista, diretor e maestro), que no início da década de 1970, após ler um artigo na Revista Time, embarcou a Nova York para estudar a possibilidade de trazer o programa para o Brasil. Em 1972, no dia 12 de outubro, após três anos da inauguração da TV Cultura, estreava o programa Vila Sésamo. Foi reconhecida como a produção educativa infantil de maior sucesso de todos os tempos.

O programa foi adaptado em vários países, e em cada lugar, procurava contemplar a realidade local, com conteúdos educativos e de entretenimento. Teve sua primeira veiculação entre 1972 e 1977, retornando às telas em 2007.

O NOVO PROJETO

Entre março e outubro de 2014, o Projeto Incluir Brincando, uma iniciativa da Sesame Workshop e TV Cultura, em parceria com o UNICEF e a Metlife Foundation, traz de volta o Vila Sésamo. Além disso, a Sesame Workshop conta com um representante local no Brasil, João Amorim, cineasta, produtor e diretor criativo do projeto.

Essa contextualização foi necessária para explicar a dimensão do projeto em que a aluna do curso FilmWorks, da AIC, Priscila Fraguas está envolvida.

O projeto “envolve criar uma série episódios com os muppets (Elmo, Monster Cookie ou Come-Come, Grover, Bel e outros bonecos), onde as crianças de 3 a 7 anos (e por que não os adultos?) possam, de forma lúdica, aprender a lidar com assuntos relacionados à educação financeira, planejamento e realização de projetos, saúde, família etc. São vários episódios, além de um canal no Youtube, uma página na internet (com atividades, vídeos, jogos e a história do programa Vila Sésamo) e uma animação chamada GameShow do Elmo”, explica Priscila.

Os roteiros dos 56 episódios e o GameShow são escritos por roteiristas brasileiros, dirigidos e produzidos por João Amorim, em parceria com a TV Cultura, e é dessa turma que a aluna faz parte, com a responsabilidade de ora produzir, ora fazer assistência de direção, ora dirigir. Esses episódios às vezes contam com a presença de algumas celebridades, como no vídeo feito para falar sobre o Zika Vírus, que contou com a participação da Bela Gil.

Além desses episódios, temos outras coisas em paralelo, que são feitas por outros patrocinadores da Sesame, como o minidocumentário filmado na Favela da Maré, que já está disponível em nosso canal do Youtube. Esse documentário foi feito para que as crianças entendessem, junto com os Muppets, que nada se resolve com violência, principalmente, nessa comunidade, que é uma das mais violentas do Brasil. O minidocumentário foi filmado em dois dias e só conseguimos entrar na favela porque o tráfico de lá nos liberou. Trabalhamos em parceria com uma ONG local, e as crianças participantes fazem parte dessa ONG. As crianças contam episódios onde a violência poderia estar acontecendo, mas elas, de alguma forma, transformaram aquele momento violento, num momento pacífico. Essa foi a ideia do documentário” relata Priscila.

TEORIA E PRÁTICA

Seja como Assistente de Direção, como Produtora ou Assistente de Produção, Priscila conta que teve todo apoio do João Amorim ao dizer que sentiu necessidade de se especializar mais e por isso procurou a Academia Internacional de Cinema, “mesmo atuando na área e ter bastante prática, achei muito importante fazer um curso que me proporcionasse um conteúdo de qualidade que me agregasse. E acho imprescindível estar estudando, ter esse conteúdo e ao mesmo tempo trabalhar, poder vivenciar o que se aprende na escola. Tem muita gente que não tem essa oportunidade, e eu tenho. Estou muito contente em estar circulando pelos dois lados, ainda mais num projeto dessa importância. É uma experiência incrível para mim! Estou muito feliz!” conta uma animada Priscila.

Conheça mais sobre o projeto desenvolvido aqui no Brasil acessando o link.

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