Cineclube AIC: Tributo a Arnaldo Jabor e 110 anos de Nelson Rodrigues
O próximo cineclube da AIC é dedicado ao cineasta, roteirista e jornalista Arnaldo Jabor, que faleceu no último dia 15 de fevereiro. O crítico de cinema e professor Filippo Pitanga, o coordenador dos cursos online da AIC Martin Eikmeier e a jornalista, pesquisadora e crítica de cinema Luiza Lusvarghi vão analisar o filme Toda Nudez será Castigada, de Jabor, que é uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues – que este ano faria 110 anos.
O debate vai ser no dia 24 de fevereiro, às 20h, no Canal do YouTube da AIC. O filme está disponível na internet.
O Filme
Adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, o filme Toda Nudez será Castigada ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1973. O longa gira em torno da família de um viúvo religioso, que jurou nunca mais se casar, mas que se apaixona por uma prostituta, causando um alvoroço na família, especialmente com seu filho único, Serginho, que se recusa a aceitar o novo relacionamento do pai.
Arnaldo Jabor
O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens.
Formado no ambiente do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento, que buscava analisar a realidade nacional, inspirando-se no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa. Seu primeiro longa foi o documentário Opinião Pública (1967), uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade.
Na década de 70, Jabor lançou Pindorama, Toda Nudez será Castigada, O Casamento, adaptação de um romance de Nelson Rodrigues, Tudo Bem (1978), quando inicia a chamada “Trilogia do Apartamento”.
Em 1980, Jabor escreveu e dirigiu Eu Te Amo, obra que consagrou Paulo César Pereio e Sônia Braga no cinema, concentrando-se nas crises amorosas e existenciais de um homem e uma mulher. O próximo filme do cineasta, Eu Sei que Vou Te Amar (86), conta a história de um casal em crise, interpretado pelos jovens Fernanda Torres e Thales Pan Chacon.
Na década de 1990, com o sucateamento da produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou na imprensa o seu ganha-pão.
Em 2010, Jabor escreveu e dirigiu A Suprema Felicidade, depois de 24 anos sem filmar. O longa narra a história do adolescente Paulo que, ao ter que lidar com as frustrações do pai, se aproxima do avô
A biografia completa está disponível no site oficial do cineasta.