Além de ganhar o prêmio de R$4 mil na categoria Eu e o Mundo, o documentário produzido pelos ex-alunos da AIC (Academia Internacional de Cinema) também foi contemplado como o melhor filme entre os 30 competidores do festival. Como consequência da conquista, ano que vem o grupo vai co-dirigir um documentário com ninguém mais, ninguém menos que o cineasta Jorge Bodanzky.
“Eu fiquei positivamente surpreendido pela qualidade dos filmes finalistas e pelas temáticas que eles trouxeram para o festival. O filme que venceu hoje traz um tema difícil e desafiador. Ainda vamos ver qual será o assunto para o nosso futuro documentário. Mas o fato é que eu adoro trabalhar com jovens porque eu aprendo sempre muito com eles“, disse o consagrado diretor.
Todos os seis integrantes da equipe de alunos compareceram para a premiação. Ansiosos, naturalmente, acabaram surpreendidos com o resultado final. “Foi uma surpresa total! Principalmente depois que vimos os filmes finalistas, todos muito bons. Já estávamos satisfeitos com a indicação, mas na hora do anúncio foi uma alegria geral“, declarou Julio Cruz, momentos antes do brinde de comemoração com os colegas.
Não faltaram também, é claro, os agradecimentos aos mestres e funcionários da AIC: “Todos em maior ou menor grau nos ajudaram muito. Desde os professores até o pessoal da parte técnica, a tia da lanchonete, todo mundo”, ressaltaram Diego Valenzuela e Camila Lisboa. “Queremos agradecer também aos personagens do filme, que nos deram essa história. Desde o início temos um sentimento de realização muito grande de um trabalho feito a partir de um trabalho de estudantes de cinema”, disse Gaia Rondon.
Ilana Feldman, coordenadora do curso de documentários da AIC, não compareceu ao evento. Mas em entrevista à reportagem da AIC, por telefone, ela disse que ficou muito feliz com a premiação: “Acho essa história tão incrível e comovente que costumo passar o filme em minhas aulas“, declarou a professora.
E a visibilidade talvez seja a especialidade de um festival de proposta multiplataformas como o Curta Quem Quiser. Totalmente gratuito, além das exibições nos cinemas da rede Cinemark nos shoppings Higienópolis (São Paulo) e Iguatemi (Campinas), os curtas também foram veiculados na internet, no canal Sundaytv; na televisão, pelo Canal Futura e pelo CineBrasilTV; em ônibus, pela BusTV; e em aviões nos vôos nacionais da TAM.
“Nós estamos tentando descobrir novos formatos de difusão e distribuição de produtos audiovisuais. A magia de assistir no cinema não desaparece, mas surgem novas formas de divulgação e interatividade com o público, que nos ajudou a escolher os preferidos, disse Mario Mazini gerente geral da CPFL Cultura, que patrocina o evento. “A gente gostou muito do Terminal Santo Angelo! Parabéns aos alunos da AIC por fazerem um filme tão sensível, tão bem dirigido!”
Em breve, o SundayTV deve disponibilizar online os curtas vencedores.
Eu e o tempo: 147 (Diretor: Marcelo Tannure)
Créditos:
Reportagem e edição: Paulo Castilho.
Fotos: Paulo Castilho e Carole Moser (Elocompany, organizadora do festival)