Alunos da AIC são selecionados para o New York Brazilian Film Festival
Seis filmes realizados pelos alunos da Academia Internacional de Cinema (AIC) foram selecionados para o New York Brazilian Film Festival (NYBRFF) que acontece nos dias 23 e 24 de setembro.
O festival se dedica a celebrar a arte da cinematografia brasileira e, ao mesmo tempo, oferece uma plataforma internacional para promover a imagem do Brasil no exterior em uma das mais importantes cidades para a arte no mundo. “Nosso objetivo é incentivar o envolvimento da comunidade, levar as produções brasileiras ao maior público possível e aumentar o alcance dos filmes brasileiros no mercado internacional, assim, promovendo-os”.
Filmes da AIC selecionados
Camaleões, de Camila Jaquiel
Camaleões conta a história de Joana, uma aspirante a atriz que sofre de transtorno bipolar, assim como sua mãe e avó. A avó de Joana, Dona Ditinha, convive bem com o transtorno. Já a mãe não. Joana ainda não sabe se será como a mãe ou a avó. Por meio das cartas que Joana escreve para a avó, dos relatos de artistas bipolares e um documentário sobre camaleões, acompanhamos as dúvidas e angústias de quem vive com o transtorno bipolar.
Além da direção ser da ex-aluna do curso de Filmworks, as atrizes são alunas do Técnico em Atuação para Cinema e TV (TAC).
Arcaica, de Julia Rantigueri
Cida é dona de um antiquário em São Luiz do Paraitinga. Ao perceber o sumiço de alguns objetos do seu falecido irmão, ela sai pela cidade na tentativa de recuperá-los. Em paralelo, ela retoma a memória da cidade juntamente com a de sua história, reformulando questões reprimidas pela saudade que ela sente do passado.
A Donzela da Torre, de Giovanna Borsarini
Bete é uma jornalista portadora de Alzheimer. Ela vive imersa nas memórias que viveu no regime militar do Brasil. A realidade e o onírico se misturam no seu dia a dia e Bete já não consegue diferenciar o que é real ou não.
Pizza, Peixe e Picaretas, de Maynard Stuart Farrel
Em um mundo distópico, Roberto trabalha duro em sua loja de bicicletas. Um dia ele percebe que não lhe resta nenhum dinheiro em caixa e decide declarar falência. Enquanto aguarda na “Fila dos Falidos”, é abordado por uma advogada “Picareta”, em busca de novos “Peixes” para extorquir. Ela propõe uma solução muito bizarro para salvar sua empresa – o pagamento da sua dívida, em moeda de “Pizzas”.
Cantareira, de Rodrigo Ribeyro
Bento, trabalhador e morador do centro de São Paulo, volta ao lugar em que cresceu: a casa do avô na Serra da Cantareira. Lá, busca não somente a paz, mas também um emprego.
O filme, do ex-aluno do Filmworks também foi premiado no festival de Cannes.
Prata, de Lucas Melo
O filme acompanha Gustavo, um jovem do bairro da Prata, em Nova Iguaçu, que perdeu seu emprego após uma discussão com seu chefe sobre a primeira imagem real de um buraco negro.
O filme mergulha nas rotinas, subjetividades e complexidades da juventude de seus personagens, flertando com o realismo fantástico e borrando as linhas que dividem documentário e ficção, Prata é acima de tudo sobre juventude.
O filme foi campeão do Prêmio Curta Cinema 2020.
*Foto destaque: frame filme Camaleões, de Camila Jaquiel