A Febre inaugura o retorno do cineclube
Depois de quase quatro meses fora do ar, o Cineclube da AIC volta com tudo. Para o tão esperado retorno, os professores Filippo Pitanga e Martin Eikmeier analisam o premiado “A Febre”, de Maya Da-Rin, disponível na Netflix.
O filme conta com a direção de arte da também professora da casa, Ana Paula Cardoso, que leciona no Rio de Janeiro.
A discussão sobre o filme acontece amanhã (18/02), às 18h30 no canal do Youtube da AIC, com a participação da diretora Maya Da-Rin e dos atores Rosa Peixoto e Regis Myrupu.
Os prêmios
Ao longo de sua carreira em festivais, o filme recebeu 29 prêmios até o momento e foi selecionado para ser exibido em mais de 60 festivais ao redor do mundo. Na sua estreia mundial, no Festival de Locarno, na Suíça, “A Febre” levou três prêmios para casa: o Leopardo de Ouro de Melhor Ator, para Regis Myrupu, o prêmio da crítica internacional FIPRESCI e o prêmio “Environment is Quality of Life”. A Febre foi eleito ainda Melhor Filme em festivais na França, China, Argentina, Portugal, EUA, Uruguai, Chile, Peru, Alemanha e Espanha. No Brasil, o filme conquistou cinco candangos no 52º Festival de Brasília – Melhor Longa-Metragem, Melhor Direção, Melhor Ator para Regis Myrupu, Melhor Som e Melhor Fotografia – além dos prêmios de Melhor Direção e Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio e Melhor Filme e Melhor Som no Janela Internacional de Cinema do Recife.
A produção é da Tamanduá Vermelho e Enquadramento Produções, em coprodução com Still Moving (França) e Komplizen Film (Alemanha), com distribuição no Brasil da Vitrine Filmes.
A história
Justino, um indígena Desana de 45 anos, é vigilante do porto de cargas de Manaus. Enquanto sua filha se prepara para estudar medicina em Brasília, ele é tomado por uma febre misteriosa que o leva de volta a sua aldeia, de onde partiu vinte anos atrás.
Vale lembrar que a estética de “A Febre” se amplia em tempos de pandemia e na forma como a saúde pública tratou/trata a população indígena.
A diretora
Cineasta e artista visual, Maya Da-Rin é graduada pelo Le Fresnoy, tem mestrado em Cinema e História da Arte na Sorbonne Nouvelle, e cursou oficinas na Escola de Cinema e TV de Cuba. Participou de residências no Centro de Arte LOBoral (Espanha), na Cinéfondation (Festival de Cannes), e no TorinoFilmeLab (Festival de Torino). Seus trabalhos foram exibidos em festivais como Locarno, Toronto, Rotterdam, e em museus e centros de arte como MoMA e New Museum.
Seu primeiro longa de ficção como diretora, “A Febre”(2019), teve sua estreia mundial na competição internacional do Festival de Locarno, onde ganhou o Leopardo de Ouro de Melhor Ator, além do prêmio da crítica internacional FIPRESCI e do prêmio “Enviroment is quality of life”. Até o momento, “A Febre” já foi exibido em mais de 60 festivais internacionais e ganhou 30 prêmios, incluindo Melhor Filme nos festivais de Brasília, Biarritz, Pingyao, Indie Lisboa e Mar del Plata, e Melhor direção em Chicago e Rio.
O cineclube
O cineclube da AIC foi lançado em 2020, no início do isolamento social por conta da pandemia de Covid. Ao longo do ano assistimos e analisamos 30 filmes, sob a regência da dupla de professores Filippo Pitanga e Martin Eikmeier. Foram muitas emoções e reflexões.
Nesta semana a atividade volta a acontecer, em novo formato quinzenal. Funciona assim, uma semana antes da sessão, indicaremos um filme. Você assiste de casa, anota todas as suas perguntas e dúvidas e quinzenalmente as quinta-feira, às 18h30, você está convidado a participar da discussão ao vivo pelo nosso canal do Youtube.
Confira aqui na playlist as edições do ano passado.
Serviço
Amanhã, dia 18/02 às 18h30 – Cineclube AIC analisa “A Febre”, de Maya Da-Rin
Convidados: Maya Da-Rin, Rosa Peixoto e Regis Myrupu
No canal do Youtube da AIC