5 dicas para arrasar na criação de personagem para o roteiro
O processo de criação de um personagem — independentemente dele ser destinado a uma ficção ou material publicitário — exige muita criatividade, planejamento e responsabilidade de quem irá desenvolver o projeto. Afinal, é preciso dar um propósito e, ainda, fazer com que o público se identifique com suas fraquezas e objetivos.
Vale destacar que não existe uma regra ou fórmula mágica para iniciar a criação de personagem. Cada pessoa tem o seu próprio processo criativo. Contudo, existem algumas técnicas que podem facilitar.
Pensando nisso, preparamos este compilado de dicas para que você arrase na hora de criar o personagem ideal para sua obra. Continue a leitura do artigo para entender quais são os aspectos estruturais mais importantes a serem trabalhados no processo!
1. Desenvolva as características, personalidade e identidade
Iniciar pelas características comportamentais pode ser uma ótima maneira de definir, nas primeiras etapas do processo, quem é o seu personagem para os espectadores. Sendo assim, crie uma identidade para ele, estabeleça uma personalidade e determina as características mais marcantes a fim de torná-lo o mais familiar e palpável possível.
Não economize nos detalhes sobre a personalidade. Mostre seus defeitos e qualidades para que o público crie expectativas sobre as direções que o personagem pode seguir na história e o que ele pode vir a se tornar.
Quanto à identidade, ela deve servir como um indicador para que as pessoas entendam como ele vê o mundo, como pretende ser no futuro e quais rótulos usa para se definir. Já as características, por sua vez, devem apresentar aspectos físicos da figura, como cor do cabelo, altura, biótipo etc. Ao repassar essas informações, os espectadores têm mais facilidade em visualizar o personagem em sua imaginação.
2. Evite estereótipos
Um ponto importante na criação de personagem é fugir do óbvio, isto é, clichês e estereótipos. Embora seja interessante se inspirar em personagens clássicos para desenvolver a sua obra ou campanha publicitária, é importante sempre inovar e ir contra o senso comum para que eles sejam únicos.
O fato é que o mercado moderno não aceita mais personagens estereotipados como aceitava no passado. Eles já foram vistos milhares de vezes, portanto já não geram mais o mesmo impacto de antes.
Uma estratégia útil para evitar os estereótipos é desenvolver traços que contrastem com as principais características do mercado ou setor que você pretende inserir o personagem.
O Deadpool, da Marvel, por exemplo, apesar de ser um herói e protagonista de HQs e filmes, ao mesmo tempo, tem um comportamento que beira o antagonismo, o que foge bastante da persona do “mocinho”. Sem dúvida, essa lógica pode te ajudar bastante a montar um conteúdo original e que desperte o interesse do público.
3. Crie identificação com o público
Agora que você já tem as características físicas e comportamentais estabelecidas, é o momento de trabalhar nas questões que podem fazer com que os espectadores se identifiquem com o personagem. Essa estratégia tem como objetivo fazer que as pessoas se conectem de forma mais eficiente com a informação transmitida.
Dessa forma, o público consegue se colocar no lugar e no contexto em que o personagem está inserido e entender as suas ações. Ao mesmo tempo, os espectadores acabam sendo influenciados a explorarem e se aprofundarem ainda mais em sua proposta, já que têm os mesmos pensamentos e emoções da figura.
Algumas dicas básicas para otimizar o processo de identificação do público com o seu personagem, são:
- explore o seu lado vulnerável e imperfeições;
- faça com que ele tenha características humanas;
- permita que ele cometa erros estúpidos e insensatos;
- atribua talentos e qualidades excepcionais;
- dê objetivos nobres e importantes.
Ao considerar os aspectos mencionados, as chances de que as pessoas se aproximem do personagem são muito maiores, assim com a confiabilidade do seu projeto e a fidelização do público.
4. Considere o contexto e o cenário
A criação do personagem não deve envolver somente o seu lado introspectivo, mas também todo o contexto em que ele está inserido. Estamos falando do cenário em que se inicia, se desenvolve e/ou se finaliza a jornada do protagonista.
Como o personagem não pode existir no vazio, é a partir do cenário que a história começa. Portanto, pense nas características que definam o local e ambientem o espectador, como os objetos que fazem parte, tipos de criatura que podem existir ali e até mesmo o clima. Isto é, tudo que for relevante a ponto de impactar e influenciar o comportamento do personagem.
Por exemplo, em uma cidade grande, aspectos como o trânsito, a poluição, o estresse e a sensação claustrofóbica de viver em um ambiente “fechado”, podem ser usados como elementos para explorar as reações do personagem diante de adversidades.
Você pode utilizar os cenários ao seu redor para buscar inspiração, basta começar a olhar à sua volta com uma nova perspectiva. Será que os prédios do centro da cidade não podem render ótimas histórias? E quanto às cafeterias que você cruza quando vai ao trabalho? Como diz a máxima: a arte imita a vida.
5. Indique suas fragilidades
Por fim, a criação de um personagem não pode estar completa se o protagonista for imbatível. Como foi dito no desenvolvimento do artigo, as pessoas consomem aquilo que se identificam de alguma forma. Personagens sem defeitos, ainda que tenham qualidades fantásticas ou superpoderes, não despertam emoção e sentimentos, já que qualquer desafio que surja em seu caminho pode ser resolvido em um estalar de dedos.
Portanto, é fundamental estabelecer pontos fracos e imperfeições, principalmente que seja humanas, isto é, que pessoas comuns vejam e se identifiquem. As fragilidades dão profundidade ao seu personagem, tornando-o mais realista e próximo do público e, é claro, adicionando tensão à narrativa.
Para concluirmos, vale destacar que se você pretende se especializar não apenas na criação de personagem, como também em elaboração de roteiros e todo o tipo de atividade relativa ao processo de produções audiovisuais, é fundamental fazer um curso em uma escola de cinema especializada e que tenha credibilidade no setor. Conheça, em especial, o curso sobre desenvolvimento de personagens.
Os alunos da Academia Internacional de Cinema (AIC), por exemplo, já produziram mais de 3200 mil filmes, durante os 15 anos de existência da instituição.
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