Coordenadora de Aquisição de Conteúdo do Canal Brasil fala sobre tendências do mercado nacional de televisão
Carla Domingues, coordenadora de aquisição de conteúdo do Canal Brasil, abriu ontem a 1ª Semana de Cinema e Mercado do Rio de Janeiro, evento já tradicional na da Academia Internacional de Cinema (AIC) de São Paulo, que conta com palestras gratuitas e abertas ao público, sobre mercado do cinema. Carla, que trabalha desde 2003 na área de programação do canal, falou sobre Tendências do Mercado de Televisão e compartilhou dados e pesquisas atualizados com a plateia, que lotou o estúdio da AIC.
Começou revelando dados sobre TV por assinatura no Brasil, que hoje alcança mais de 61 milhões de expectadores. Trouxe uma pesquisa, realizada pela Globosat, sobre o perfil do assinante da TV por assinatura, composto por 30% de críticos – aqueles que têm uma relação de profundidade com a TV, que fazem reflexões e buscam cultura; 15% de relaxados – aqueles que buscam entretenimento de boa qualidade; 11% de seguidores – aqueles que buscam referências, modelos de comportamento e estilo de vida; 22% de aprendiz – aqueles que buscam adquirir algum tipo de repertório e conhecimento; e 22% de passivos – aqueles que gostam de rir e buscam fantasia, alegria, diversão e entretenimento simples.
A partir dessas informações Carla falou sobre a importância de conhecer bem um canal e seus consumidores antes de apresentar projetos e tentar vender conteúdo. “É preciso estar atendo a linguagem do que é oferecido, verificar se existe linearidade e leveza, se os títulos são auto explicativos, se existe proximidade dos conteúdos com quem assiste e se o formato é inovador, já tive casos de pessoas me oferecendo programas iguais aos que o Canal Brasil já veicula”, contou.
Também falou especificamente sobre a política do Canal Brasil, deu dicas aos alunos e convidados sobre quais itens se atentar ao fechar qualquer contrato de licenciamento de conteúdo e trouxe dados super atuais sobre Netflix e VOD. “O Netflix faturou U$ 1,64 bilhão e captou 2,6 milhões de assinantes em seus quase 50 mercados internacionais no último trimestre, levando o total para 62,27 milhões de assinantes no mundo todo”. Ela acha, que mesmo com o crescimento do VOD, os outros tipos de TV não se acabam, mas, se modificam. “Quando surgiu a TV todo mundo achava que o rádio ia acabar e ele está aí até hoje, se reinventando a cada dia”.
Carla fechou a palestra passando seu contato e pedindo ao aos alunos que enviem seus filmes e projetos, e, carinhosamente, atendeu a todos que queriam falar com ela, um a um.
*Fotos Duda Tavares